17 fevereiro, 2008

Sou absolutamente fã de ilustrações, tanto que tenho pensado seriamente em criar um blog só sobre o assunto. Fazendo minhas pesquisas para este futuro projeto, me deparei com uma linda série de selos britânicos dando conta de seus hábitos alimentares. Não bastasse a idéia por si só ser genial, ela foi executada pela ilustradora Catell Ronca! Vale conhecer seu trabalho.
Os selos foram lançados pelo Royal Mail, o correio britânico, e as ilustrações foram selecionadas a partir de um concurso entre os estudantes de arte plástica do Royal College of Art, de Londres.





One apple a day keeps a doctor away!


O tradicional fish and chips.


Massa e vinho italianos.



Comida japonesa - febre em todo lugar.


Arroz com hashi.

O famoso chá das cinco!

14 fevereiro, 2008

Cuscuz ( 37 segundos após sua confecção)


Esta é a foto do meu primeiro cuscuz, clicada 37 segundos após sua confecção! Brincadeiras à parte, confesso que ontem fui tomada pelo pecado da gula. Fazendo compras no supermercado, me deparei com um saquinho de tapioca e, imediatamente, pude sentir o gostinho do cuscuz com aquela cobertura surreal de leite condensado puro. Eis que quando, num impulso, peguei o saquinho e lá estava ela - a receita! Rapidamente voltei pra casa e fui fazer a sobremesa mais fácil dos últimos tempos ...


2 1/2 xícaras de leite adoçadas com 1 colher de sopa de açúcar

1 1/2 xícara de tapioca

1 xícara de coco ralado fresco

1/2 xícara de açúcar

1 pitada de sal


É só misturar tudo e deixar descansar por 4 horas, já enformado numa forma de pão coberta de filme plástico. Após este tempo, levar para gelar. Quando for servir, desenforme a cuscuz, cubra com mais coo ralado e com leite condensado ao gosto do freguês.

12 fevereiro, 2008


05 fevereiro, 2008

Conversando com meus botões


Poucas coisas me dão mais prazer na vida do que cozinhar para os meus. Elaborar o menu, fazer as compras, me perder entre as prateleiras de livros de culinária, fuxicar lojas de artigos para a cozinha. Toda esta reflexão foi suscitada por uma simples revista - a Elle à table de dezembro - que comprei ontem e que pôs a perder a minha convicção da radicalização alimentar que comentei em um dos últimos posts. Será que este é mesmo o momento ideal para uma mudança tão drástica? Talvez não seja. O que não significa que não tenha muitíssimo a ganhar com os aprendizados da Anna. Já nesta primeira semana, introduzi algumas novidades na minha alimentação. Primeiro, o famoso suco de luz. Foram alguns dias despertando com aquele suco tão poderoso, feito com couve, pepino, cenoura, limão, gengibre, salsa, hortelã, maça e sementes de linhaça. Confesso que gostei muito do resultado e pretendo continuar a fazê-lo. (Talvez não com a frequencia desejada). A outra novidade adorável foi conhecer o famoso agave. É simplesmente delicioso... E para completar as famosas goji berries, segundo minha "professora", uma das mais ricas fontes de anti-oxidante naturais ... Pois é, acho que ir mesclando minhas novas descobertas com minhas já tão arraigadas neuras gastronômicas, é a melhor proposta do momento ... De qualquer forma, irei postando aqui as minhas impressões sobre esta nova porta gastronômica que me foi aberta.

29 janeiro, 2008


Quer coisa mais gostosa do que comer, num dia chuvoso, um bolinho de banana com chocolate?

Eis a receita:


250 g de farinha de trigo

120 g de açúcar mascavo

1 1/4 cc fermento em pó

1/2 cc bicarbonato de sódio

1 cc de gengibre em pó

1 ovo

3 cs de óleo

200 g de iogurte

2 cc de raspas de laranja

2 bananas

1 tablete pequeno de chocolate, em pedacinhos

açúcar mascavo para polvilhar


Misture os 5 primeiros ingredientes. Bata o ovo com o óleo, o iogurte e as raspas da laranja. Junte os ingredientes líquidos aos secos. Acrescente as bananas em rodelas (reservando algumas para enfeitar os bolinhos) e os pedacinhos de chocolate. Decorar os bolinhos com as rodelas de bananas reservadas, polvilhar com o açúcar e lever ao forno por aproximadamente 25 minutos.

28 janeiro, 2008

"Isto filhos, a poesia e a cozinha são irmãs."

Eça de Queirós

24 janeiro, 2008

Estou me preparando para entrar numa temporada mais radical em relação a minha alimentação. Já passei por muitas fases alimentares – já fui natureba, já fui vegetariana, já fui mais junk também. Mas há alguns anos, desde que as crianças nasceram, fiquei um pouco mais relaxada - refeições saudáveis pero no tanto, ou melhor, saudáveis mas sem o exagero de um certo radicalismo que, confesso, combina com a minha personalidade. A partir da próxima semana irei me aventurar pela onda da raw food pelas mãos da chef Anna Elisa de Castro, num programa de seis meses intitulado terapia de saúde integral. Confesso que estou bastante animada e pronta para a empreitada – louca de vontade de aprender mais coisas na cozinha ...


Estes dois livros contam com a participação da Anna Elisa e, em breve, vocês poderão conhecer mais um pouco de seu trabalho no site www.paraserfeliz.com.br.

23 janeiro, 2008

Jantar fora já foi um dos meus programas favoritos, mas devo confessar que de um tempo para cá isto não é mais verdade. Quase sempre fico com uma sensação de que estaria comendo melhor em casa. É claro que existem ocasiões em que a comida é o de menos, mas a vontade de comer pratos diferentes e elaborados geralmente é o grande motivador destas saídas. Ontem, mais uma vez esta sensação de decepção acompanhou meu jantar no badalado restaurante Sawadee, no Leblon. Apesar do ambiente simpático, o local é muito barulhento e a comida deixou muito a desejar. De entrada arriscamos pedir um mix de pasteizinhos, com receheios de cogumelos, nirá e queijo de cabra. Além de estarem bem gordurosos, não foi possível distinguir seus sabores. Depois, como prato principal, pedi uma salada de filet mignon com uvas verdes que não gostei nem um pouco - veio lotada com pedaços de pepinos (informação omitida na descrição do prato). Como não sou fã de pepinos, pedi para o garçon retirá-los, mas seu sabor impregnou a salada de tal modo que foi difícil chegar ao final do prato. Minha mãe optou por uma sopa de frutos do mar com gengibre. Mas acho que também não ficou satisfeita ... E de sobremesa, bem... nem deu vontade de pedir.
Em compensação hoje estou bastante animada para as comidinhas aqui em casa. Ontem, antes de sair, preparei um doce de leite com açúcar orgânico, pensando em rechear um rocambole para o lanche dos meninos. E encontrei no horti-frutti um pacote de tamarindo que, provavelmente, renderá um delicioso frango tailandês seguido da receita de sorbet de tamarindo da Tatu. Depois eu conto se deu certo...

20 janeiro, 2008

Rodada dupla


Hoje acordei com vontade de fazer uma sobremesa portuguesa. O motivo? Simplesmente inexplicável. Depois de pesquisar um pouquinho acabei me decidindo pela receita de baba-de-moça da Carla Pernambuco. Simples, rápida de ser feita e com um resultado divino. A receita, como verão a seguir, pede o uso de seis gemas. Pois bem, assim que terminei de fazê-la, me deparei com aquele potinho cheio de claras reservadas. Não tive muita escolha - virou um delicioso Pudim de Claras ... super fácil de fazer e igualmente delicioso. Basta bater as claras em neve bem firme com duas colheres de sopa de açúcar por clara. Ou seja, para as seis claras, 12 colheres de sopa de açúcar. Despejar numa forma de pudim já caramelizada e levar ao forno em banho-maria por 30 minutos. Só.


Baba-de-moça


1 xícara de leite de coco

1 1/2 xícara de açúcar

2 xícaras de água

1 colher de sopa de manteiga

6 gemas

4 cravos-da-índia


Junte a água, o açúcar e os cravos e ferva até o ponto de fio. Tire do fogo, junte a manteiga e deixe amornar. Mistures as gemas peneiradas com o leite de coco e junte à calda morna. Mexa bem. Volte tudo ao fogo médio, mexendo sem parar até engrossar levemente. Deixe resfriar antes de servir.



Para guardar suas receitas ... disponíveis aqui.

19 janeiro, 2008

Com este calor não dá vontade de comer nada ! Quantas vezes já ouviram esta afirmação? Pois olha que achei que nunca na vida fosse capaz de pronunciar esta frase, mas eis que é a única que passa pela cabeça quando abro a janela e ... nada, nem uma brisinha para refrescar a alma ... Então o que comer? Torta de Cebola ? Será?



Alsatian Onion Tart



Massa:


1 2/3x de farinha
1 pitada de sal
10 colheres de sopa manteiga gelada e ralada
5 colheres de sopa de água gelada


Misturar tudo e deixar descansar na geladeira por 45 minutos. Forrar a forma e deixar mais 15 minutos na geladeira antes de assar.


Recheio:


7 cebolas fatiadas
1/4 de xícara de azeite
2 pitadas de sal
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1/2 xícara de leite



Refogar as cebolas no azeite. Tampar por 15 minutos. Abrir a tampa e deixar pegar uma cor. Salgar. Acrescentar as duas colheres de farinha, mexer bem e regar com o leite. deixe cozinhar mais uns minutinhos. Recheie a torta já pré-assada e leve ao forno por mais 15 minutos. É só.





P.S. Como podem ver não fiz muitos progressos com as fotos...

17 janeiro, 2008

sorbetto di limone

Depois do sucesso do sorvete de pera, do livro A Itália de Jamie, resolvi fazer o de limão. Com o calor enlouquecedor que está fazendo aqui no Rio, as alternativas para finalizar um jantar não são muitas. É claro que isto pode ser lido também como uma grande desculpa esfarrapada para alguém absolutamente fascinada por sorvetes. Mas devo dizer que, além de muito fácil de ser executada, esta receita vale pelo sabor bastante sofisticado da mistura limão-siciliano / mascarpone. Aí vai a receita do sorbetto, devidamente ilustrada - Será que algum dia ficarei satisfeita com os resultados das fotos? Tomara...


Sorbetto di limone


200 g de açúcar
200 ml de água
2oo ml de suco de limão siciliano
raspas da casca de 1 limão siciliano
1 colher de sopa bem cheia de mascarpone


Leve o açúcar e a água para ferver. Quando isto acontecer, deixe no fogo por 5 minutos. Desligue e deixe esfriar 15 minutos. Junte o suco, as raspas e o mascarpone. Dissolva tudo muito bem. Leve para congelar. Após 1 hora, retire do freezer e, com o auxílio de um garfo, mexa o srvete novamente. Repita o procedimento 3 vezes. Está pronto.


Passo-a-passo:


1. Prepare a calda








2. Junte o suco de limão, as raspas e o mascarpone






3. Leve a mistura ao freezer




4. A cada duas horas mexa a mistura




5. Pronto para saborear

16 janeiro, 2008

My Last Supper


Quem nunca gastou alguns dos seus preciosos minutos imaginando qual seria a última refeição de sua vida? Pois é, de louco e de gourmet todo mundo tem um pouco. Mas a fotógrafa Melanie Dunea foi um pouco mais longe – correu atrás de 50 chefs famosos e lhes fez a pergunta – o resultado é um super livros de fotos, entrevistas e receitas.
Eis alguns dos convidados: Ferran Adrià, Lidia Bastianich, Mario Batali, Daniel Boulud, Anthony Bourdain, Nobu, Jamie Oliver, ... E eis alguns dos resultados: Ferran Adrià gostaria de se deliciar com sashimis, caranguejos, mariscos, gergelim e algas e Lídia Bastianich, morreria por umas lindas fatias de presunto cru, um delicioso linguine com molho de mariscos, muito grana padano acompanhando e um suculento suco de pêssego.
O livro pode ser encontrado aqui. E você pode conhecer o projeto com um pouco mais de detalhes neste vídeo.

14 janeiro, 2008

Promessas de Ano Novo


Estou determinando que meu ano novo começa hoje. Acabo de chegar das minhas pequenas mas desejada e merecidas férias - após uma série de problemas (alguns simples e outras bastante complicados) que praticamente anularam meu último semestre, me sinto renovada e fortalecida para este novo ano. E nada mais justo do que uma estadia no meu paraíso aqui na terra - Cabo Frio. É claro que muitos lerão este post e pensarão, nossa que louca chamar Cabo Frio de paraíso, mas devo dizer que Cabo Frio é simplesmente lindo para quem conhece a cidade nos seus mínimos detalhes e, claro, que tudo isto somado às tão intensas memórias infantis e juvenis... Mas devo confessar também que em Cabo Frio não se come nada bem, muito pelo contrário, é raríssimo encontrar um restaurante minimamente aceitável - o que para mim tem um lado ótimo, que é cozinhar o tempo todo. Não à toa, sempre chego por lá carregada de livros e mais livros de receita. Como as coisas andam muito estranhas para o meu lado ultimamente (quero dizer, andavam), este ano fiz diferente - levei apenas romances e, na cozinha, abusei dos pães e bolos. E, pasmem, descobri dois ótimos restaurantes - O encantador Bistrô Benedito, no lindíssimo bairro da passagem, e o La Gôndola.

Hoje vou postar apenas duas receitas - a do pão que fiz diariamente e a do bolo de limão - ambas maravilhosas. Mas como primeira promessa do ano novo, prometo postar mais vezes ... e com mais frequência. É muito bom estar de volta. Feliz Ano Novo para todos.


Pâte à Pain


1 xícara de água morna

1 saquinho de fermento para pão

2 1/2 xícaras de farinha de trigo

1 pitada de açúcar

1 colher de chá de sal


Misturar 1 xícara de farinha, com o fermento, o açúcar e a água morna. Tampar e deixar descansar por cinco minutos. Ir acrescentando, 1 colher de sopa de cada vez, a farinha restante. Sovar a massa até ela ficar brilhante e elástica. Cobrir e deixar descansar 1 hora. Com os punhos, baixe a massa e a modele. Deixe crescer novamente (cerca de 1 hora). Leve ao forno para assar.


Cake au Citron


2 1/4 xícara de farinha de trigo

1 colher de chá de fermento em pó

5 ovos

1 1/2 xícara de açúcar baunilhado

7 colheres de sopa de manteiga, derretida e resfriada

3/4 de xícara de creme de leite fresco

1/2 xícara de suco de limão

casca ralada de dois limões


Peneiras a farinha com o fermento e reservar. Bater os ovos com o açúcar. Acrecentar o creme de leite. Juntar a farinha reservada, a manteiga, o suco e a casca de limão. Assar por cerca de 1 hora.

29 dezembro, 2007

Vida nova para o blog


Parece coisa pensada, mas não foi... Finalmente ganhei uma máquina digital! E não é que quando acessei o blogger para postar esta notinha vi que este é o post de número 200? Parábens Ratatouille, espero que faça bom proveito do presente...

P.S. - Esta foto foi a primeira que tirei, são da família biscoitinhos de gengibre que fiz para o Natal. Receita do Panelinha.
P.S.2 - Sinto que vou precisar de um tempinho para me entender com o mimo.

20 dezembro, 2007

Da série eu quero!!!!




Do designer Sebastian Bergne.

16 dezembro, 2007

Natal antecipado?


Aqui em casa é assim: todo dia 15 de dezembro (aniversário do marido) rola um jantar pré-natalino. Explico: é a hora de testar, efetivamente, as receitas pensadas para a ceia. O menu de ontem foi o seguinte: peito de peru assado com relish de uvas vermelhas, couscous com frutas secas, arroz branco e frigideira de bacalhau. Para finalizar um simples bolo de aniversário 9 simples mas delicioso). Vamos aos resultados. O Peru assado estava ótimo, super bem temperado, com uma textura excelente - receita de Carla Pernambuco. O relish estava divino - já postei a receita. O couscous, excelente (também já postei a receita). Quanto à frigideira de bacalhau, a receita é ótima, super saborosa, mas precisando de algumas alterações. A receita original pedia 2 colheres de sopa de farinha de mandioca e eu poria 3 ou 4, pois acho que ficou um pouco mais líquido do que gostaria. De qualquer forma, vale a pena a pedida. Quanto ao bolo de festa do Jamie Oliver, cometi uma imprudência que alterou radicalmente a textura do bolo - derreti a manteiga no microondas ao invés de utilizá-la em temperatura ambiente. De qualquer forma, tudo estava ótimo e foi devidamente devorado.





Peito de Peru Assado



1 peito de peru

1 xícara de vinho branco

1 xícara de shoyu

1 xícara de suco de laranja

1 cebola

1/3 xícara de sálvia

sal

pimenta do reino

200 g de manteiga derretida




Faça uma marinada batendo no liquidificador o vinho, a shoyu, o suco de laranja, a cebola, a sálvia, o sal e a pimenta. Deixe o peru de molho por algumas horas. Retire o peru da marinada, derreta a manteiga e, com o auxílio de uma seringa, injete metade da manteiga por todo o peru. A outra metade será despejada por cima do peru, junto com a marinada. Leve para assar numa forma funda, coberta com papel alumínio, por aproximadamente 2 horas. Após retirar o alumínio, deixe o peru ganhar um pouquinho mais de cor. fatie e sirva com o molho apurado da assadeira.



Frigideira de Bacalhau


4 colheres de sopa de azeite

100 g de cebola picadinha

8 tomates sem pele e sem semente cortado em cubinhos

4 colheres de sopa de coentro bem picadinho

2 pimentas dedo-de-moça, sem sementes e bem picadinhas

600 g de bacalhau dessalgado e desfiado

7 colheres de sopa de azeite de dendê

600 ml de leite

300 ml de leite de coco

2 colheres de farinha de mandioca crua (eu acho que devem ser 4)

5 ovos

1 colher de café de noz moscada

sal e pimenta

2 colheres de sopa de farinha de rosca


Refogue a cebola, os tomates, o coentro e a pimenta no azeite. Acrescente o bacalhau e, em seguida, o azeite de dendê. Refogue mais um pouco e desligue o fogo. Em outra panela aqueça o leite e o leite de coco e, aos poucos, acrescente a farinha de mandioca diluída em um pouco de leite. Vá mexendo até atingir a consist~encia de mingau. Junte à mistura de bacalhau. Bata as claras em neve e, acrescente as gemas. Tempere com noz moscada. Junte ao bacalhau. Acerte o sal e a pimenta. Unte uma forma bem grande com azeite e polvilhe com a farinha de rosca. leve para assar por 30 minutos ou até que saia um palito limpinho.



Bolo de Festa

3 colheres de sopa de cacau em pó

200 g de açúcar branco

200 g de manteiga

3 ovos grandes

200 g de farinha de trigo com fermento

1 colher de chá de fermento em pó

1 punhado de lascas de amêndoas


cobertura


100 g de manteiga

100 g de chocolate para cozinhar

100 g de açúcar de confeiteiro

3 colheres de sopa de leite


Mexa o cacau em pó com 4 colheres de sopa de água fervente. Bata o açúcar e a manteiga até ficar fofo, adicione a mistura de cacau, os ovos, a farinha. Mexa bem, acrescente as amêndoas e leve para assar numa forma untada e preparada com papel manteiga. Asse por 20 minutos. Para a cobertura, derreta todos os ingredientes em banho-maria e empregue.

13 dezembro, 2007

Relish




"palavra inglesa que identifica qualquer preparado condimentado, picante, que serve de guarnição a um alimento simples, para enriquecer seu sabor. Nos Estados Unidos, refere-se a um molho agridoce utilizado para acompanhar carnes e aves. Na Inglaterra, nomeia um molho à base de vinagre e também um tipo de picles de sabor mais delicado."


do Pequeno Dicionário de Gastronomia


Os relishs são um acompanhamento perfeito para os assados de Natal. E, além do mais, se prestam perfeitamente para um belo presente. Basta caprichar na escolha na receita, encontrar um belo vidro e adornar com uma fita bem natalina.



Relish de Uvas e vinho do porto



1 kg de uvas vermelhas

1 xícara de açúcar

1 xícara de vinho do porto

1 1/2 xícara de vinagre de vinho tinto

1/2 xícara de água

1 colher de chá de grãos de pimenta preta levemente esmagadas

1 colher de chá de sal




Coloque todos os ingredientes exceto o sal numa panela grande e funda. Aqueça em fogo médio, até o açúcar dissolver. Deixe ferver por mais ou menos 50 minutos, até reduzir e se tornar um xarope. Misture o sal. Guarde o relish em vidros quentes e esterelizados. Tampe, deixe esfriar e guarde na geladeira por até 3 meses.




Relish de beterrabas e vinagre balsâmico



750 g de beterrabas descascadas e picadas

1 cebola bem picada

2 xícaras de vinagre balsâmico

1 xícara de água

2 cravos

2 1/2 xícara de açúcar

3 colheres de sopa de sementes de mostarda

1 pedaço de 5 cm de raspa de laranja

sal e pimenta do reino




Coloque todos os ingredientes numa panela funda. Aqueça em fogo médio, tampe a panela e deixe cozinhar por 30 minutos ou até a beterraba estar mole e o líquido tenha reduzido e engrossado ligeiramente. Guarde em vidros quentes e esterelizados por até dois meses.



A imagem acima foi retirada do lindo blog Print & Pattern, repleto de idéias para enfeitar seu Natal!

07 dezembro, 2007

Pensando na Ceia I

Uma das partes divertidas do Natal é escolher o menu da ceia. Eu gosto de ir testando algumas receitas antes de decidir ... Uma das opções (que sempre funciona) é esta receita de couscous natalino da Flávia Quaresma.


250 g de couscous
300 ml de caldo de legumes
1 colher de café de cominho em pó
1 dente de alho
1/2 pimenta dedo-de-moça sem semente
50 g de avelã tostada e picada
30 g de passas brancas
30 g de passas pretas
50 g de damascos secos
50 g de tâmaras secas
50 g de figo seco
80 ml de vinho do Porto
2 colher de sopa de azeite
1 colher de sopa de hortelã picada em juliana
sa e pimenta

Cubra as frutas secas com o vinho do porto. Deixe marinando durante meia hora e depois escorra. Ferva o caldo de legumes, adicione alho, pimenta-de-moça e cominho, espere que ferva bem, em seguida, desligue o fogo e tampe a panela para fazer uma infusão. Coe o caldo da infusão e tempere com sal e pimenta. Coloque o couscous em um bowl e cubra-o com o caldo, tampe com um filme e deixe o couscous inchar. Pique as frutas secas, a avelã e reserve. Esquente uma panela com o azeite de oliva, acrescente as frutas secas picadas e, depois, o couscous. Se necessário, corrija o tempero e, no último momento, adicione a hortelã em juliana.
Sirva acompanhado com figos grelhados com mel, avelãs e agrião.

06 dezembro, 2007

Presentes antecipados e presentes desejados


É batata! Todo ano, quando começo minha busca por presentes de Natal, acabo chegando em casa com novidades ... Esta semana encontrei lindas forminhas de silicone para muffins (todas coloridinhas) e um livro bárbaro, Provence Cookery School - Shop, cook and eat like a local, de Gui Gedda and Marie-Pierre Moine. Claro que não resisti e trouxe um para casa.


Ontem, durante o lançamento do livro da Vera Saboya, Ateliê Culinário para Viagem - crônicas, receitas e um pequeno guia gastronômico,

paquerei dois lançamentos - o livro de receitas da Sorveteria Itália (este eu quero)

e o livro de receitas de Gordon Ramsey (Será que vale a pena?).

02 dezembro, 2007

Almoço de domingo


O ritual é sempre o mesmo ... Acordar, tomar o café, ler o jornal e ... caçar alguma receita para o almoço. Desde que me mudei, ganhei de presente um supermercado praticamente em frente ao apartamento ... o que viabiliza esta brincadeira. Dito e feito. Após selcionar algumas receitas com carne de porco, acabei optando por esta que, para minha surpresa e alegria, rendeu um delicioso e surpreendente almoço.


Porco à Normandia


800 gr de filé mignon de porco cortado em tirinhas

2 alhos amassados com 2 colheres de chá de sal e suco de 1 limão

2 colheres de sopa de óleo vegetal

2 colheres de sopa de manteiga

2 maças cortadas em fatias finas

tomilho fresco

3 colheres de sopa de conhaque

1 xícara de creme de leite fresco

sal e pimenta


Fazer uma pasta com os alhos amassados, o sal e o suco de limão. Misturar com as fatias de carne e deixar tomar gosto por aproximadamente 1 hora. Aquecer uma wok e fritar a carne de porco em duas etapas, utilizando para cada uma 1 colher de sopa do óleo. Reservar a carne. Na mesma panela, derreter a manteiga e juntar as maças e o tomilho. Após alguns minutos, acrescentar o conhaque. Deixe evaporar e junte o creme de leite. Deixe apurar até as maças ficarem macias. Verifique o tempero e retorne o porco á panela por alguns instantes. Está pronto! Servir com arroz branco.

29 novembro, 2007

Como transformar quilos de manteiga em algo leve...



A receita para este "milagre" você encontra nas páginas do delicioso livro Julie & Julia, de Julie Powell. Ganhador do primeiro Blooker Prize – prêmio internacional para livros escritos a partir de blogs, neste livro encontramos a narrativa das venturas e desventuras de uma secretária na cozinha que, ao longo de um ano, se propôs a hercúlea tarefa de realizar todas as 534 receitas do livro de Julia Child - Mastering The Art Of French Cooking e relatá-las em seu blog. Aos poucos este vai se tranformando num projeto que, para além de seu objetivo primeiro, confere a vida de Julie novos rumos. Como pode um blog transformar a vida de uma pessoa? A resposta você encontra nas páginas do livro, em meio a quilos e mais quilos de manteiga!


Julia Child, autora de Mastering The Art Of French Cooking – um clássico da culinária norte-americana!

26 novembro, 2007

Divulgando


Adorei!


Estas lindas xícaras-carimbo, do designer Barnaby Barford, ganharam o importante prêmio Wallpaper Young Designer, em 2004.


25 novembro, 2007

Presente


Todo mundo sabe da minha paixão por livros, livros que envolvam o universo gastronômico então... Bom, basta dar uma olhada no histórico do blog para comprovar esta minha afirmação. Mas quando o livro em questão é de uma grande amiga, ele é mais do que um livro, ele torna-se um presente! E quando a qualidade do produto e indiscutível.... Bom, poderia continuar falando infinitamente desta sensação maravilhosa de estar com Ateliê culinário para viagem. Crônicas, receitas e um pequeno guia gastronômico, da minha querida amiga Vera Saboya, nas mãos. Mas não farei isto. Apenas convido a todos que dêem uma olhada no site da Jorge Zahar e espiem o sumário e as lindas ilustrações do livro. É justo ou não que eu esteja orgulhosa?

22 novembro, 2007

An Apple a Day Keeps the Doctor Away


Amo revistas, especialmente as de receitas. Ontem me dei de presente duas novas – a Bon Appétit de dezembro e a Elle à table, setembro. Confesso que achei a Elle meio caída, mas algumas receitas me convenceram, receitas simples e rápidas, do tipo – tenha seu jantar pronto em vinte minutos. Já a Bon Appétit achei primorosa! Me encantei com a matéria sobre presentes de natal feitos na cozinha. Deixo registrada duas receitas bastante simpáticas – uma já fiz ontem mesmo – Compota de maça sem açúcar (Elle) e outra que se for tudo o que promete, será a estrela do Natal – Chutney de figos balsâmicos com uvas assadas (Bon Appétit).

Compota de Maça

1 kg de maças variadas
1 pera bem madura
Suco de 1 limão
1 pau de canela

Basta descascar as frutas, picar e misturá-las com o suco de limão e a canela. Deixar cozinhar em fogo baixo com a panela tampada até estarem bem cozidas.

Chutney de figos balsâmicos com uvas assadas

2 xícaras de uvas vermelhas sem sementes
2 colheres de chá de azeite extra-virgem
1 laranja
3 alhos picados
2 xícaras de água
2 saquinhos de chá preto
450 gr de figos secos picados
12 azeitonas pretas sem caroços (+/- 1 xícara)
12 azeitonas verdes sem caroços (+/- 1 xícara)
2 cebolinhas verdes finamente fatiadas
½ cc de flor de sal
¼ cc de pimenta do reino

Pré-aqueça o forno. Deposite as uvas num tabuleiro forrado com papel manteiga e regue-as com 1 colher de sopa de azeite. Deixe assar por uns 10 minutos. Reserve.
Retire a pele da laranja, cortando-a em tirinhas. Esprema o suco. Reserve 1/3 de xícara do suco. Em uma panela, aqueça a outra colher de azeite, adicione o alho, a água e os dois saquinhos de chá. Após alguns minutos, retire os saquinhos e adicione os figos. Tampe a panela, abaixe o fogo e deixe cozinhar por uns 10 minutos. Abra a panela, deixe o líquido evaporar por uns 2 minutos e remova a panela do fogo. Junte os ingredientes restantes, ou seja, as azeitonas, as uvas, o suco, a casca da laranja, os temperos... Guarde em vidros esterelizados. Dura um mês na geladeira. A revista recomenda que se coma com assados em geral e com crostinis de queijo de cabra.


P.S - A foto é daqui.

05 novembro, 2007

Não agüento mais vir aqui me desculpar pela falta de posts recentes, mas acho que finalmente as coisas vão voltando ao normal e em breve estarei novamente compartilhando com vocês... receitas e novidades! Realmente tenho feito pouca coisa na cozinha, para já basta dizer que há duas semanas meus dois filhotinhos estão adoentados e sem nenhum apetite... ou seja, muito trabalho e pouca inspiração gastronômica. A única refeição decente que rolou aqui em casa esta semana foi um arroz de bacalhau, que aprendi com a minha amiga e orientadora Izabel Margato, seguido das Farófias que vi no blog da Karen.
Arroz de Bacalhau:

Basta deixar as lascas de bacalhau de molho, para dessalgá-las, refogar de 6 a 8 dentes de alho picados no azeite, juntar o bacalhau escorrido e o arroz. Acrescentar a água fervente (na mesma quantidade de um simples arroz) diminuir o fogo, tampar a panela e... pronto. Depois é só juntar bastante salsinha picada, ajustar o sal e regar com um fio de azeite. Realmente ficou muito bom.

21 outubro, 2007

Enfim, as panelas!


Hoje finalmente consegui retomar minha rotina de cozinhar. É que aniversário de comadre é coisa séria! Resolvemos comemorá-lo com um almoço à brasileira, então... Bobó de Frango, arroz branco e farofa de dendê. E de sobremesa, beijinhos de coco. Tudo ficou muito bom e eu muito feliz de ter dado conta do recado. Aí vão as receitas...

Bobó de frango

1 kg de peito de frango cortado em cubinhos, temperados com limão, sal e pimenta
2 cebolas médias picadas
1 xícara de purê de tomate
1 kg de aipim cozido
1 xícara da água do cozimento do aipim
1 xícara de leite de coco
Óleo para refogar o frango
Coentro fresco a gosto

Aqueça o óleo numa panela e refogue os cubinhos de frango. Assim que mudarem de cor, abaixe o fogo, tampe a panela e deixem cozinharem. Uns dez minutos depois, destampe a panela e deixe a água evaporar. Quando estiverem começando a ganhar aquela coloração de tostadinho, junte as cebolas e o purê de tomates. Abaixe o fogo novamente, tampe a panela e deixe cozinharem por 20 minutos. Enquanto isso cozinhe os aipins e, assim que estiverem cozidos e escorridos, bata-os no liquidificador juntamente com a água reservada e o leite de coco. Após os 20 minutos de cozimento do frango com os tomates, junte este creme. Mexa bem, apure o tempero com mais sal e pimenta e acrescente uma porção generosa de coentro fresco picadinho.

Farofa de dendê

Basta refogar a farinha de mesa no óleo de dendê e temperar com sal.

Beijinhos de coco

1 lata de leite condensado
1 colher de sopa de manteiga sem sal
6 colheres de sopa de coco ralado seco
2 gemas

Levar tudo ao fogo baixo e mexer até desprender da panela. Após esfriar, untar a mão com manteiga, enrolar as bolinhas, passar no açúcar branco e enfeitar com um cravinho cada um.

Obs: Esta linda foto foi retirada daqui.

18 outubro, 2007

Em louvor da sombra, por Biagio D'Angelo

Quem tem amigo, tem tudo nesta vida. Neste período complicado, que não consigo postar nem uma única linha, eis que me chega, via e-mail, esta linda colaboração. São trechos destacados do ensaio Em louvor da sombra, de Junichiro Tanizaki, editado este ano pela Cia. das Letras. É só saborear:





"Diz-se que a culinária japonesa é para ser contemplada e não consumida, mas aqui, eu diria mais: ela é digna de meditação. É melodia inaudível, concerto executado pela vela a bruxulear no escuro e pelos vasilhames de laca. Soseki Natsume[1] louvou tempos atrás em seu Kusamakura (Travesseiro de ervas) a coloração do youkan, o tradicional doce de feijão azuki, e, realmente, nada mais digno de contemplação que essa cor. A tonalidade profunda e complexa, a massa semitransparente e nublada de misteriosa profundidade que atrai e retém a luz em forma de tênue, sonhadora luminosidade – são coisas que não se vêem em doces ocidentais. Comparado ao youkan um creme ocidental, por exemplo, é primário e superficial. Pois acomode uma fatia desse doce youkan num vasilhame laqueado e mergulhe-o num ambiente de claridade apenas suficiente para divisar-lhe a cor: agora, a guloseima tornou-se digna de meditação. Ter na boca esse pedaço acetinado e frio que a sombra acresceu de estranha profundidade – e cujo sabor real talvez nem seja notável – é ter o próprio negrume transformado em delicioso bocado derretendo na ponta da língua. Creio que a culinária da maioria dos paises foi concebida para se harmonizar com o serviço de mesa e com a tonalidade das paredes. Pois a culinária japonesa, especialmente, perde metade da apetência quando servida em ambiente e pratos claros. Quando considero por exemplo o avermelhado caldo de missô[2] de todas as manhãs, percebo que essa cor foi desenvolvida nos escuros aposentos de antigas casas. Certa vez, fui convidado a participar de uma cerimônia do chá onde me serviram um caldo de missô, mas ao vê-lo no fundo de uma wan[3] preta à vacilante luz de velas notei esse grosso caldo de cor ocre, que tomo com tanta naturalidade no cotidiano, adquirir um colorido profundo, realmente apetitoso. Considere também o shoyu, em especial o do tipo denso que costumeiramente acompanha sashimi, conservas e verduras da região de Kyoto: como esse líquido espesso e brilhante é rico em sombras, como se harmoniza com as trevas! E mesmo as iguarias de cor clara – o caldo de missô claro, o tofu, a massa de peixe kamaboko, o sashimi feito de pescado de carne branca – perdem vida pela ausência de contraste quando apresentados em ambiente claros. E, acima de tudo, o arroz: seu aspecto é belo e apetitoso quando o vemos à meia-luz servido em terrina revestida de laca escura e lustrosa. Que japonês digno desse nome não se comove quando, removida de golpe a tampa da terrina, vê o cálido vapor subir do arroz recém-preparado, cada grão a luzir como pérola em gota? Nesta altura do raciocínio dou-me conta de que também a nossa culinária tem sua tônica na sombra, e que com ela mantém uma relação indissolúvel."

[1] Soseki Natsume (1867-1916) é um romancista japonês cujas obras foram fundadoras da literatura japonesa moderna. Seu livro Eu sou um gato é publicado em português pela Editora Estação Liberdade. (Nota de autoria de Biagio D'Angelo)
[2] Pasta de soja fermentada, muito utilizada na culinária japonesa. (Nota de autoria de Biagio D'Angelo)
[3] Tigela laqueada. (Nota de autoria de Biagio D'Angelo)


***


"Dias atrás, o jornalista que me entrevistou pediu-me que comentasse a respeito de pratos diferentes e saborosos. Eu então lhe falei do sushi feito de folhas de caqui – especialidade dos habitantes das remotas regiões montanhosas de Yoshino[1] – e também da maneira de prepará-lo. Aproveito a oportunidade para revelar a receita aos meus leitores: para cada dez de medidas de arroz, uma de saquê deve ser acrescida no momento em que o arroz entrar em ebulição. Depois de pronto, deixe o arroz esfriar completamente e, em seguida, espalhe sal na palma das duas mãos, aperte o arroz entre elas e forme bolinhos compactos. Nesse momento, é imprescindível que a mão esteja totalmente seca. O segredo é fazer os bolinhos só com a ajuda do sal, sem molhar as mãos. Depois, estenda sobre os bolinhos fatias finas de salmão levemente salgadas, envolva cada conjunto com uma folha de caqui com a face superior em contato com o sushi. Na medida do possível, é preciso retirar a umidade tanto da folha do caqui como das fatias do salmão com um pano seco. Em seguida, os bolinhos deverão ser acondicionados numa tina rasa de madeira – do tipo usado no preparo do sushi – ou numa vasilha de arroz, apertados uns contra os outros de maneira a não deixar espaço entre eles, e sobre o conjunto deverá ser posta uma tampa de madeira. Uma pedra de bom peso, do tipo usado para fazer picles, deverá ser assentada sobre a tampa para pressionar o sushi. Preparado à noite, estará pronto para ser degustado na manhã seguinte. No decorrer do dia, o sabor se manterá ideal mas continuará comível durante mais dois ou três dias. Molhe folhas de pimenta-d’água em vinagre e borrife sobre o sushi no momento de servi-lo. A receita me foi passada por um amigo que esteve em Yoshino, mas pode ser preparada em qualquer lugar. (...) Experimentei fazê-lo em casa e concordei com meu amigo: esse sushi é excepcionalmente saboroso. O sal e a gordura do salmão impregnam-se de maneira ideal no arroz e o peixe fica irresistivelmente macio e fresco. Achei esse sushi muito diferente dos de salmão que costumo comer em Tóquio, e tão mais gostoso que vivi dele o verão inteiro. Admirei o jeito diferente de consumir o salmão e a criatividade dos habitantes das regiões remotas e montanhosas carentes de tudo. E ao pesquisar sobre especialidades típicas de diversas regiões interioranas, descobri que seus habitantes têm paladar muito mais apurado que os moradores dos grandes centros urbanos. Num certo sentido, isso significa que eles vêm se banqueteando com iguarias cujo sabor não conseguimos sequer imaginar."

[1] Cidade da Prefeitura de Nara, famosa pelos templos e as cerejeras em flor.

09 outubro, 2007

...Reconhece a queda, e não desanima, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima...




Com algumas semanas de atraso, participo de uma brincadeira-desafio, proposta pela Bia do L'amour dans l'assiette: Sem escolher, pegue um livro e abra da página 161 e transcreva a 5ª frase.
A minha frase é: “O Portugal Pequenino que compôs com tanto encantamento para os filhos nunca teve figura como a cartilha colorida dum país que ele projectava descrever em profundidade e numa programação exacta e ambiciosa, a Vida Humilde do Povo Português, de que afinal Os Pescadores seria o primeiro (e único) volume.”
Esta frase foi retirada do livro de José Cardoso Pires, Dispersos 1 – Literatura, publicado pela editora portuguesa Dom Quixote.

Desculpe o atraso Bia, mas não pude responder antes.

27 setembro, 2007

25 setembro, 2007

Sentimental eu sou ... eu sou demais...


Estava fazendo compras no novo supermercado que freqüento desde a mudança quando esta receita gritou por mim – estava lá, estampada na caixa da aveia. Hambúrguer de atum com molho de iogurte! Não sei exatamente o que me chamou a atenção, mas resolvi dar ouvidos à aveia e a levei para casa. Bom, este fato deve ter acontecido há umas duas semanas e só hoje, na falta absoluta do que preparar para o almoço, me lembrei do episódio. E não é que adorei a tal receita. Comovida (sei que ando meio sentimental ultimamente...), recortei a embalagem da amiga aveia e a coloquei em lugar de destaque no meu inseparável caderno de receitas!

Hambúrguer de Atum

1 lata de atum
1 cebola pequena ralada
Coentro fresco
1 ovo
½ xícara de leite
1 ½ xícara de aveia em flocos
1 colher de sopa de azeite
Sal e pimenta

Misturar tudo, moldar como quiser e fritar.

Para o molho

1 potinho de iogurte
1 pepino ralado
Coentro
Sal
Pimenta
Azeite

Misture tudo e empregue.


Para saber mais sobre a Quaker e conhecer mais receitas com aveia dê um pulo aqui.

22 setembro, 2007



Eu já tenho o meu. Comprei na Bienal!

Boa sorte Tatu e parabéns pelo rebento!

17 setembro, 2007

Releituras...

Cada um tem o Gênio da garrafa que merece! Este está a nossa espera aqui.
Boa semana para todos, repleta de desejos atendidos...

13 setembro, 2007


A Karen do Kafka na Praia me convidou para responder este meme sobre sete momentos marcantes de minha vida, aí vão minhas confissões:

1 – Acho que o primeiro de que me lembro foi a minha mudança de São Paulo (onde nasci) para o Rio de Janeiro. Eu tinha oito anos na época, amigos de escola, uma casa que adorava ... Enfim, foi uma mudança e tanto! E para completar, a mudança foi no meio do ano letivo, o que significa que encontrei uma turma já formada. Não foi lá muito fácil, mas rapidamente me adaptei e virei uma quase-carioca!

2 – Lembro do meu aniversário de 15 anos, quando ganhei de presente passar um final de semana prolongado com minhas duas melhores amigas num hotel-fazenda – sozinhas! Foi o máximo!

3 – A realização, em 1990, de um sonho – ir a Cuba! Não apenas fui, mas conheci pessoalmente Fidel Castro ... Experiência ímpar, em se considerando todo aquele romantismo de juventude!

4 – A minha mudança para a casa onde construí minha família e vivi durante 15 anos.

5 - O nascimento do Tobias, meu primeiro filho! É simplesmente inenarrável as transformações pelas quais passamos quando nasce um filho...

6 – E claro, o nascimento do Heitor, meu caçulinha. Com ele aprendi que cada filho é um filho, cada história é uma história, mas que amor de mãe é sempre o mesmo.

7 – E acho que devo incluir a minha recente mudança. Como ainda estou em fase de adaptação, apenas posso dizer que mudar de casa é, de certa forma, mudar de vida, reaprender tudo de novo.

Barrinhas pra que te quero


Há muito que eu não escrevo nada – é que ás vezes a vida dá um nó e desta-lo não é tão simples assim. Tenho me sentido um pouco vitimada com as coisas que estão acontecendo comigo, embora tenha (racionalmente) a convicção que grande parte delas são consequência das minhas ações. Não seria fantástico acreditar que todos os nossos problemas cotidianos se resolveriam comendo uma simples barrinha energética? Principalmente se fossem personalizadas ... Brincadeiras e sonhos à parte, tenho algumas novidades para contar. O curso de Design e Tradição na Gastronomia (PUC-Rio) começou e acho que está indo muito bem – a turma é ótima e, me parece, que temos muito o que trocar com a convivência nestes próximos meses. Nova aquisição para a minha biblioteca gastronômica – As Doceiras, o novo livro da Carla Pernambuco, desta vez em conjunto com Carolina Brandão. O livro é ótimo, recheado daqueles receitas da Carla que eu adoro, em breve farei o bruleé de abacate. E para finalizar, fiz meu primeiro Pudim de Claras – sucesso absoluto aqui em casa (este com receita da Rita Lobo).


Para o Pudim:


Bata 8 claras em neve e acrescente, aos poucos, 16 colheres de sopa de açúcar. Deixe ficar bem firma. Deposite o merengue numa forma de pudim já preparada com o caramelo e leve ao forno, em banho-maria, por 30 minutos. Desenforme após alguns minutos (nem tão quente, nem tão frio). E deguste!

10 setembro, 2007

Visite o site do Kiskerman !

Boa semana!

09 setembro, 2007

Quando a viagem é mais do que uma experiência cognitiva ou BI L'À CÔTÉ



"A oitenta milhas de distância contra o vento noroeste, atinge-se a cidade de Eufêmia, onde os mercadores de sete nações convergem em todos os solstícios e equinócios. O barco que ali atraca com uma carga de gengibre e algodão zarpará com a estiva cheia de pistaches e sementes de papoula, e a caravana que acabou de descarregar sacas de noz-moscada e uvas passas agora enfeixa as albardas para o retorno com rolos de musselina dourada. Mas o que leva a subir os rios e atravessar os desertos para vir até aqui não é apenas o comércio das mesmas mercadorias que se encontram em todos os bazares dentro e fora do império do Grande Khan, espalhadas pelo chão nas mesmas esteiras amarelas, à sombra dos mesmos mosquiteiros, oferecidas com os mesmos descontos enganosos. Não é apenas para comprar e vender que se vem a Eufêmia, mas também porque à noite, ao redor das fogueiras em torno do mercado, sentados em sacos ou em barris ou deitados em montes de tapetes, para cada palavra que se diz – como “lobo”, “irmã”, “tesouro escondido”, “batalha”, “sarna”, “amantes” – os outros contam uma história de lobos, de irmãs, de tesouros, de sarna, de amantes, de batalhas. E sabem que na longa viagem de retorno, quando, para permanecerem acordados bambaleando no camelo ou no junco, puseram-se a pensar nas próprias recordações, o lobo terá se transformado num outro lobo, a irmã numa irmã diferente, a batalha em outras batalhas, ao retornar de Eufêmia, a cidade em que se troca de memória em todos os solstícios e equinócios."


Ítalo Calvino, As Cidades Invisíveis



Este post, apesar do atraso, é dedicado aos amigos que compartilharam comigo uma das noites mais agradáveis das últimas semanas. Na verdade, devo esta noite ao meu querido amigo Biagio, companheiro de aventuras gastronômicas. Vamos a ela:
Finalmente conheci a cozinha da badalada chef Danielle Dahoui. Após alguma hesitação na escolha do restaurante, não sabíamos de íamos ao Ruella ou ao À Côté, acabamos por optar pelo último, apenas por uma questão de proximidade. Acho que a escolha foi perfeita pois, além de delicioso, há muito não via uma decoração tão interessante. Mas a comida não ficou nem um pouquinho atrás. Éramos quatro. Escolhemos um delicioso vinho sul-africano, o Kadette, que deixou lembranças. E demos início à nossa viagem, compartilhando uma amuse-gueules muito especial - Tartines de Steak Tartar au Poivre com Mostarda Dijon e Alcaparras. Os pratos principais, foram quatro. Rosarinho foi de Quiche de espinafre e queijo de cabra feta com folhas; Alexandre foi de Peito de frango recheado com presunto cru e queijo ao molho Emmenthal com fettuccini na sálvia; Biagio foi de Magret de canard ao Cassis e Pimenta verde com arroz de maças ao açafrão; e eu fui de Pâtes, Penne com Camarão, Shimeji e aspargos ao molho de shoyu, saquê e gengibre. Pelo que me lembro, todos estavam sublimes. E para finalizar com chave de ouro (e transmutar esta experiência em calorosa memória gustativa), a magnífica Pavlova de amêndoas com sorvete de abacaxi, chantilly e coulis de framboesa.

Pena que noites como esta não acontecem sempre! Muito obrigada, Biagio.

P.S - A foto ilustrativa é um detalhe do Monastério de Santa Eufêmia, na Província de Palência.