31 dezembro, 2006

Feliz Ano Novo !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Receita de ano novo - Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo,
espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

29 dezembro, 2006

Comidas da alma


Hoje cheguei em casa muito cansada e me sentindo um pouco gripada. Uma combinação e tanto! Então resolvi fazer uma receita da Nigella que considero uma das minhas comidas da alma - aquelas que nos reconfortam ao mesmo tempo que nos dão uma dose extra de energia. Linguini com molho de limão - receita que já fiz inúmeras vezes e sempre adoro! E para completar comi a única salada de frutas que gosto - morangos e uvas itálias (verdes e vermelhas), tudo picadinho, com uma pitadinha de açucar demerara cristal (o que deixa a salada um pouquinho crocante). Ufa! Tive até forças para postar essas receitas.

Linguini ao limão

Ingredientes:

Linguini
2 gemas
Parmesão ralado a gosto
Suco de 1 limão
Raspas de 1 limão
Creme de leite fresco
Salsa picada grosseiramente

Modo de Preparo:

Coloque o linguini para cozinhar em bastante água fervendo com uma boa quantidade de sal. Num bowl, misture as gemas batidas, o parmesão, suco e as raspas de limão e creme de leite suficiente para fazer o molho.
Escorra o macarrão e misture ao molho. Polvilhe com o parmesão ralado grosso, salsinha e mais um pouquinho de raspas de limão.

28 dezembro, 2006

Pausa para descanso

... E no meio de toda esta loucura tenho dois pimpolhos de férias, me ocupando full time. É o dia inteiro procurando atividades para entretê-los. Mas consegui uma folguinha e no próximo sábado vou ao SAARA comprar utensílios de cozinha (para umas experiências novas que estou fazendo) e, na volta, vou me dedicar a executar a receita que ganhei da minha amiga secreta. Já providenciei uma máquina e, prometo, postarei lindas imagens do meu lindo presente. Aguardem.

A Ceia

A minha família tem uma relação meio engraçada com o Natal. Pode-se dizer que não somos muito natalinos, no sentido tradicional do termo - ninguém é fã das comidas típicas do Natal, ninguém gosta de esperar a meia-noite para ceiar, e por aí vai. Durante muitos anos procurávamos o único restaurante aberto no dia 24 e íamos todos jantar, não muito satisfeitos. É claro que com o nascimento dos filhotes as coisas foram mudando e agora o Natal se impõe com toda a sua força. Eu, particularmente, adoro o clima do Natal - o tal do espírito natalino que se apossa das pessoas, o carinho que depositamos procurando o presente certo para aqueles que amamos, enfim - o lado bom do Natal. Mas convenhamos que ultimamente este tão adorado espírito natalino (tipo A Felicidade não se compra, de Frank Capra) anda muito raro... E o que fica para nós, a maioria dos mortais, é aquele correria enlouquecida dos preparatórios, corredores lotados em Shoppings, um trânsito enlouquecido na cidade. Quando chega a hora do Natal estamos todos tão exaustos que o dia seguinte nos parece melhor que o anterior. Bom, todo este falatório começou com um objetivo - falar da ceia, que no meu caso são duas experiências. A lá de casa (muito pouco tradicional) e a da casa da sogra (bastante tradicional). Vamos ao cardápio:
Ceia 1 - Mesa de antepastos italianos (inúmeros pães, berinjelas, cogumelos, queijos de cabra temperados, carpaccio de rosbife com alcaparras e parmesão) E, confesso, para nós bastava isso! Mas o exagero faz parte da festa então, fiquei responsável por preparar 1 torta de quijo minas curado com alho poró e minha mãe preparou uma salada de batatas, providenciou uma farofa natalina, um mini presunto com maçazinhas carameladas (que ficaram lindas). Quanto aos doces, preparei um crumble de pêssegos com damascos, uma torta de Pecã, ambos para serem degustados com sorvete de chocolate branco e damascos, uma infinidade de frutas e as deliciosas rabanadas - que eu, particularmente, só como no dia seguinte, geladas, no café da manhã.
Ceia 2 - Todos os tipos de nozes, Presunto, Peru, fios de ovos, abacaxis caramelados, farofa de miúdos, arroz com passas, salada verde e Couscous com frutas secas (minha única contribuição). Doces: Pudim de Claras, Rocambole de Laranja, Pecan Pie (deliciosa), sorvete de Coco com ameixa e o tradicional Bolo de Natal que chega a mesa ardendo em chamas - para a alegria da garotada.
Agora, após esta primeira etapa da maratona de final de ano, já estamos nos preparando para a segunda - a do Reveillon. E já estou usando e abusando de meus novos presentes, para escolher um novo menu.
Meus presentes de Natal:

23 dezembro, 2006

Feliz Natal !!!!!!!!!!!!!


Natal - Carlos Drummond de Andrade


Menino, peço-te a graça de não fazer mais poema de Natal.
Uns dois ou três, inda passa...
Industrializar o tema,
eis o mal.

21 dezembro, 2006

Amiga não mais secreta


Meu lindo presente da minha amiga Bia do blog L'amour dans l'assiette chegou. E que felicidade!! Parecia uma criança recebendo um brinquedo - até meus filhotes vibraram com a chegada do correio. Obrigada Bia, pelo lindo presente que em breve estarei mostrando para vocês (ganhei uma forma de tortinhas), obrigada Tatiana pela genial idéia e obrigada a todos que participaram - tomara que ano que vem tenha mais.
Feliz Natal e deliciosas receitas para todos !!!!

16 dezembro, 2006

Correria de fim de ano


Ontem foi dia de festa aqui em casa! Preparar um jantar para 15 pessoas não é algo tão simples assim, ainda mais se você tem o dia inteiro atribulado com festas de final de ano na escola das crianças. Pois é, foi o que aconteceu. Acordei cedo, preparei um café da manhã-festa de aniversário, com direito a velinhas e tudo, e fui correndo ao mercado e ao Horti-Frutti fazer as compras para a noite – mandei entregar e fui comprar presentes e mini-panetones para os funcionários da escola. Cheguei em casa, fiz os embrulhos, arrumei as crianças, saí para almoçar, e fui para a escola. Resultado: cheguei em casa às cinco e quinze da tarde com tudo por fazer. Já sabendo que o dia seria assim bolei um cardápio básico e rápido. A única ousadia foi que estava testando um dos pratos-chefs pela primeira vez – Quibe de abóbora com ricota defumada. Para acompanhá-lo preparei um Rosbife, uma bela Salada Verde com molho de Vinho do Porto e Mostarda L´áncienne e um Couscous de Berinjelas Assadas. E para finalizar encomendei dois potes de sorvete Itália, nos sabores Canela e Mel e Chocolate Branco com Damasco, para serem comidos com biscoitos leques. Ao fim e ao cabo, tudo deu certo. É que o santo dos cozinheiros estava do meu lado.

Receita do Quibe:

2 xícaras de purê de abóbora japonesa
¾ de xícara de trigo para quibe
1 xícara de ricota defumada
3 colheres de sopa de hortelã
2 colheres de sopa de salsinha
½ xícara de azeite
2 colheres de sopa de suco de limão
sal e pimenta

Deixe o trigo de molho em água morna por meia hora. Escorra bem. Junte a ricota, a abóbora, o trigo, as ervas, o azeite, sal, pimenta e o suco de limão. Amasse tudo muito bem com as mãos. Unte um refratário com manteiga, espalhe a massa e leve ao forno pré-aquecido até dourar.
Receita de Carla Pernambuco

13 dezembro, 2006

Presentes comestíveis I

Hoje a aula foi dedicada a fazermos receitas que podem ser presentes de Natal. Escolhemos fazer dois cremes que podem ser recheio de bolos, tortas e carolinas ou podem ser comidos como geléia. Os dois são bastante simples – Creme de Limão e Creme de mel com Damasco. Testamos também uma versão meio adaptada do Tiramisu de Amoras da Nigella – que ficou uma delícia. E quando a aula acabou e a fome chegou – linguine com camarões ao alho e óleo.


Creme de Mel com Damasco

Deixar de molho em água fervente 12 damascos secos. Escorrê-los e batê-los com 1 xícara de mel. Guardar em vidros esterilizados e mantê-los na geladeira por até duas semanas. Degustá-lo após 24 horas.

Creme de Limão

Bater em banho-maria 1 xícara de açúcar, 60 ml de manteiga, raspas de dois limões sicilianos e suco de três limões sicilianos – até a manteiga derreter. Acrescentar três ovos batidos e continuar batendo até o molho engrossar. Não deixar ferver para não talhar. Colocar em vidros esterilizadas e manter na geladeira por até duas semanas.

Tiramisu de amoras, avelãs e limão

Usamos uma forma de bolo pronto de avelã (Casa da Suíça). Fatiamos e fizemos sanduíches com geléia de amoras. Forramos um pirex e regamos os sanduíches com soda limonada. Na panelas fervemos ½ xícara de geléia de amora com o suco de 1 limão e tr~es caixinhas de amora. Despejamos tudo sobre os bolos. Fizemos então um creme com 350 gr de mascarpone, 4 gemas, 1 xícara generosa de açúcar, raspas de um limão e 1 xícara de creme de leite fresco. Batemos até atingir a consistência de chantilly. Cubrimos com este creme toda a sobremesa e levamos para gelar.

As fotos não ficaram boas, mas mesmo assim vou postar algumas.



09 dezembro, 2006

Tiramisu


Como aqui em casa tenho um fã número 1 de Tiramisu, me esforço em estar sempre aprimorando a receita. Acabo, portanto, de dar um grande passo nesta direção. Resolvi visitar a nova filial da Livraria da Travessa que acabou de ser inaugurada no Leblon e me deparei, na bancada de livros de culinária, com o seguinte título: Craquez pour le tiramisu! 30 recettes inédites de votre dessert préféré. Como não podia deixar de ser, rapidamente se juntou ao meu pacote de presentes de Natal (não sei se já mencionei que este ano o Papai Noel aqui em casa é totalmente literário - só vai dar livros). E como não resisti, hoje mesmo ele já vai ser devidamente testado e a receita eleita foi

Tiramisu au citron meringué

Para 4 pessoas:

100 gr de macarrons
250 gr de mascarpone
3 gemas de ovos
100 gr de açucar
raspas de 1 limão
100 ml de creme fresco
80 ml de limoncello (ou se soda citron, numa versão sem álcool)

Para o merengue:

2 claras
125 gr de açucar

Com a ajuda de um fouet misture o mascarpone com as gemas, o açucar e as raspas de limão. Acrescente o creme fresco e bata até atingir a consistência de chantilly firme. Incorpore os macarrons triturados e embebidos no limoncello.
Prepare o merengue com as claras e o açucar, batendo sobre água fervente (em banho-maria).
Prepare potinhos com a mistura de mascarpone e cubra com o merengue. Leve ao forno para dourar. Sirva a seguir.

Um presente especial


Comprei ontem e já devorei o livro da Cristiane Lisbôa com receitas da Tatiana Damberg - Papel Manteiga para embrulhar segredos (cartas culinárias). É um livro lindo - bem escrito, com receitas deliciosas, delicado e forte ao mesmo tempo, com um projeto gráfico encantador ... Gostei teanto que hoje mesmo já saí para comprá-lo de presente de natal para amigas especiais. Me identifiquei tanto com o livro que me emocionei em alguns momentos da leitura. Esta é, sem dúvida, a minha sugestão de um presente especial. Ah, e na contracapa tem uma foto de uma colher com uma estrelinha vazada que virou o meu objeto de desejo mais intenso no momento, talvez tanto quanto um pingente em forma de fouet que procuro há anos ...

08 dezembro, 2006

Arroz Negro


Esta é uma receita que me pareceu simplesmente deliciosa da Nigella. O interessante é que ela usou uma espécie de arroz negro, que segunda ela não é nem tingido com tinta de lula nem o arroz selvagem. Curiosa corri para o google para obter maiores informações e olhe só o que descobri:

“ O arroz negro irá render royalties para o Instituto Agronômico de Campinas. O arroz negro, uma variedade de arroz cara e sofisticada utilizada em pratos gourmets desde o tempo dos imperadores chineses e comercializada no ocidente através da Itália, ganhou variedade nacional desenvolvida pelo Instituto Agronômico (IAC). O arroz negro brasileiro, ou IAC 600, além de plantio inicial no Brasil, será produzido e comercializado nos EUA. Conta o pesquisador do IAC responsável pela pesquisa Cândido Ricardo Bastos, e diretor do instituto para o Vale do Paraíba, em São Paulo, foi assinado um acordo de cooperação técnica do IAC com a Texas Rice Improvement Association (TRIA), uma associação americana produtora de semente de arroz por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag). A associação, que tem apoio técnico da Universidade do Texas (EUA), irá repassar 50 centavos de dólar por cada saco de arroz IAC 600. "É a primeira vez que uma pesquisa brasileira rende dividendos que serão reinvestidos no projeto de melhoramento genético de arroz especial", diz Bastos.

Mas enquanto isto não acontece podemos encontrar a versão Arroz Negro Selvagem da Blue Ville, importado do Canadá. Segundo o site da empresa, “por sua exótica cor negra e seu delicado sabor de nozes é o favorito entre os "chefs de cuisine" do mundo inteiro. Tem textura macia, e o seu volume triplica após o cozimento. É um arroz de fácil digestão, contém alto valor protéico, é rico em fibras, vitaminas e sais minerais.”

Curiosidades

O Arroz Selvagem também é conhecido como o "caviar" dos grãos. Comparado ao arroz branco, o arroz selvagem tem duas vezes a quantidade de proteínas e três vezes a quantidade de ferro.

Aí vai a recita para quem quiser experimentar:

Salada de arroz negro com camarões

Arroz negro cozido conforme a indicação da embalagem
Camarões escaldados (aliás adorei esta forma de cozimento ensinada pela Nigella. Para manter os camarões tenros é preciso reproduzir o ambiente marinho de onde vieram. Para isso basta escaldá-los com água fervente, juntar o caldo de um limão e sal grosso. Ligar o fogo e deixar cozinhar por uns três minutos.

Para o molho:

2 alhos ralados
1 colher de sopa de gengibre ralado
1 chili picado
60 ml ou 4 colheres de sopa de molho de peixe
2 colheres de sopa de limão
2 colheres de sopa de açucar
60 ml ou 4 colheres de sopa de água

Basta misturar tudo e saborear. Caso queira fazer uma versão vegetariana da salada, substitua os camarões por abacates - ou ainda se preferir, use abacates e camarões. Esta salada promete!

05 dezembro, 2006

A salada preferida do Jamie


Acabo de ver o Jamie Oliver fazendo a receita da melhor salada do mundo. Confesso que não consegui imaginar muito bem os sabores, pois nunca comi estragão como salada. Mas fiquei com uma vontade louca de prová-la – o que farei o mais rapidamente possível.


A Salada

Primeiro faça um picles rápido de echalote – basta fatiá-las, temperá-las com vinagre de vinho branco, sal grosso, pimenta e açúcar. Deixe descansar um pouco antes de juntá-las ao restante da salada.
Para a salada separe as folhas de estragão, junte uvas itálias cortadas ao meio, queijo feta ou cabra ou ricota salgada esfareladas e o picles. Temperar com azeite e pronto! Basta devorá-la!

Também não conheço esta ricota usada pelo Jamie, segundo ele ela é salgada e, por isso, adquire uma textura diferenciada, ela fica dura e deve ser ralada.

Cozinhas do Mundo





Mais um ensaio fotográfico sobre hábitos alimentares, só que não mais restrito ao Brasil.
Estou falando do livro Hungry Planet - What the world eat (Ed. Tem Speed, 290 páginas, US$ 40), que traz em cada capítulo o retrato de uma família ao lado do equivalente ao que consome em uma semana. Para a realização deste livro o fotógrafo Peter Menzel e a escritora Faith D´Aluisio se convidaram para jantar com 30 famílias em 28 países. Fazia parte do projeto ir as compras juntos, cozinhar e comer com cada uma das famílias escolhidas. A vontade do casal era documentar o quanto a globalização e os processos de migração afetam as dietas das muitas comunidades ao redor do mundo. O resultado é surpreendente e nele podemos ver com mais clareza o quão díspares são as realidades entre os países centrais do ponto de vista da economia mundial e todos aqueles que estão à sua margem.

De uma lado temos a família Aboubakar, composta de 6 membros (mãe e cinco filhos), vivendo num campo de refugiados do Sudão. Semanalmente a família gasta $ 1.23 numa dieta que inclui pouquíssima carne, muitos grãos e vegetais e nenhum item industrializado.


Já a família Melander, composta de 4 membros (pai, mãe e dois filhos), e que vivem na Alemanha, gastam $ 500.07 semanais, numa dieta que inclui muitíssima carne, laticínios, cereais matinais e produtos industrializados.



O livro nos impressiona não apenas pela riqueza de informações mas principalmente por ser um documento das injustiças do mundo.
Uma reportagem sobre o livro pode ser vista na Marie Claire deste mês. E o livro pode ser adquirido via Amazon.

Cozinhas do Brasil


A fotógrafa Zaida Siqueira lança livro com imagens de cozinhas e alimentos que registrou em suas andanças pelo Brasil afora. Acesse o site da Revista Raiz para saber mais sobre o projeto e ver algumas imagens.

Cozinha do Brasil, Alimentos e Ritos - Editora Grifon
Fotografias Zaida Siqueira
Textos Maria Lucia Montes, Marcelo Manzatti, Pôla Pazanezzi, entre outros.
Preço: 80 reais

Promessas de fim de ano

O ano está acabando e as promessas vão sendo cumpridas. Há muito que prometia ensinar uma receita de Couscous com Camarões. Aí vai:





Para a Salada:

1 copo de couscous
1 copo de água quente com uma colher de chá de sal e uma de azeite, para hidratar os grãos
1 cenoura cortada em cubinhos, refogadas com 70 gr de bacon em quadradrinhos
2 tomates sem sementes em cubinhos
um punhado das seguintes ervas picadas: salsa, cebolinha e coentro
suco de dois limões
azeite, sal e pimenta à gosto

Hidratar e abafar o couscous por cinco minutos. Após soltar os graõs, juntar o restante dos ingredientes e temperar.

Para os Camarões:

500 gr de camarões limpos
1 vidro de leite de coco
1 alho amassado
suco de 1 limão
sal, pimenta, cebolinha em rodelas e coentro picado

Deixar os camarões de molho nesta marinada por 1 hora mais ou menos. Escorrer, fritá-los em azeite e misturá-los a salada já temperada.

Para finalizar, acrescentar passas e castanhas à gosto.
Bom apetite!!!

Para acompanhar fiz um molho de iogurte que pode ser também comido com bruschetas de pão italianos. Apenas deixei 1 potinho de iogurte natural misturado com 1 colher de chá de sal escorrendo em uma pedaço de gaze. Este processo faz com que o iogurte adquira uma consistência mais firma. Depois juntei cebolinha picada, um pouco mais de sal, pimenta e azeite.

Estas são das tortinhas que fiz para a sobremesa - comprei as bases prontas, as recheei de creme de limão (1 lata de leite condensado + meia xícara de suco de limão) e enfeitei com os morangos fatiados.

Um Bom Ano

Ontem fui assistir ao filme Um Bom Ano. Bastante polêmico, este filme divide as opiniões dos amantes da sétima arte. Uns o odeiam e outros o adoram. Eu, lógico, o adorei. Nele estão reunidos três figuras que fazem a minha cabeça – o diretor Ridley Scott, que também dirigiu Blade Runner - O Caçador de Andróides, A Lenda, Perigo na Noite, Chuva Negra, Thelma & Louise, entre outros; o ator Russel Crowe que atuou em filmes como Los Angeles Cidade Proibida, A Luta pela Esperança, O Informante, Uma Mente Brilhante, Mestre dos Mares - O Lado Mais Distante do Mundo, entre outros; e o escritor Peter Mayle, um inglês que largou tudo e se mudou para a França, onde dedicou-se a escrever sobre a Provence. No Brasil, o autor é editado pela Rocco, que já incluiu em seu catálogo as seguintes obras: Em busca de Cézanne, Encore Provence, Gostos Adquiridos, Hotel Pastis, Lições de Francês, Memórias de um Cão, Qualquer Proposta, Toujours Provence, Um Ano na Provence e Um Ano Bom.

Esta é a sinopse de Um Ano Bom, retirada do site da Editora Rocco:



Peter Mayle prega os prazeres da carne, do peixe e da ave, sempre acompanhados do vinho adequado. Seu novo livro, Um bom ano (A Good Year, 2004), é mais um mergulho do autor inglês no universo de Provence, sul da França, um lugar de paladares, aromas e paisagens capazes de elevar o espírito e mudar a vida das pessoas. A vida no caso é a de Max Skinner, que se transforma radicalmente quando ele troca o estressante mercado financeiro londrino por um vinhedo francês. O personagem passa por uma crise profissional e tem como uma das poucas alegrias cotidianas as lembranças de infância de suas viagens à França para visitar a propriedade do tio Henry. E é justamente nessa fase complicada de sua carreira que Max descobre ter herdado do tio o chateau, construído no século XVIII em Provence, e o vinhedo de 40 acres. Max pega dinheiro emprestado de seu amigo Charlie e parte para a encantadora região da França com a cara e a coragem, só para descobrir que se tornou proprietário de um lindo edifício muito necessitado de reparos e de uma marca de vinho da pior qualidade.

A partir daí o romance se torna um retrato, curioso e cheio de desafeto, do mundo da produção vinícola. Apesar da má qualidade do vinho, o administrador da propriedade está mais do que determinado a comprar o vinhedo. E tudo fica ainda mais complicado quando chega da Califórnia uma prima desconhecida, filha ilegítima do tio Henry, que quer garantir seus direitos. Mais do que a trama saborosa e envolvente, o que fascina no livro é a habilidade de Mayle em guiar o leitor, ao longo de 231 páginas, num passeio por Provence. Trata-se de uma viagem sentimental que Peter Mayle conhece muitíssimo bem. Depois de anos como disputado profissional do mercado publicitário, Mayle largou tudo e se mudou para o sul da França para morar numa velha casa provençal feita de pedra. Passou dois anos escrevendo sobre a experiência e o resultado foi Um ano na Provence, publicado no Brasil pela Rocco, que se tornou um tremendo sucesso internacional. Recontando sua experiência agora na forma de ficção e juntando o conhecimento sobre vinhos que adquiriu quando tinha a conta de publicidade de uma firma do ramo, o autor transforma seu nono livro e quinto romance numa delícia tão grande quanto as paisagens, pratos e vinhos que retrata. Delícia que poderá ser vista nas telas de cinema ano que vem. O diretor inglês Ridley Scott, amigo a quem Mayle agradece pelo incentivo na abertura de seu livro, prepara uma versão para a tela de Um bom ano.