03 dezembro, 2009


Como acontece todo ano, dezembro chega e, com ele, chega também a hora de pensar nos cardápios das inúmeras festas de confraternização que estão se aproximando. Eu, particularmente, adoro o natal, e adoro preparar presentes comestíveis – sempre corro atrás de receitas de chutneys, de tapenades, de geléias – e também de pratos interessantes para a minha nada convencional ceia natalina. Portanto, dezembro é mês de pesquisa. Como podem ver, tenho postado super pouco, e um dos motivos mais imediatos é que minha máquina de fotografia quebrou – e, embora saiba que a qualidade de uma receita não depende em nada da qualidade das boas imagens, confesso que já tinha me acostumado com o padrão – receita/foto. Mas enquanto não resolvo o problema, resolvi ir postando mesmo assim. Estou testando algumas sobremesas para um jantar que terei dia 19 – na realidade, me comprometi com duas sobremesas, e a primeira tentativa realizei ontem – uma cheesecake de morangos com uma massa de torta bastante especial – feito com farinha láctea nestlé (receita do Claude Troigrois) e com um recheio inspirado em uma receita da Cláudia, do Sabor Saudade. Embora tenha gostado bastante dela, ainda não bati o martelo. Alguma sugestão?


Cheesecake de morangos

Para a Massa:
200 g de farinha láctea nestlá
50 g de farinha de trigo
1 pitada de sal
110 g de manteiga amolecida

Para o Recheio:
200 g de cream cheese
200 g de creme de leite
2 ovos
¾ de xícara de açúcar
Suco de 1 limão
Purê de morangos (1 cx de morangos processados)
2 colheres de sopa de maisena


Para a massa, basta agregar todos os ingredientes, depositar na forma em uma única camada e pré-assar por 10 minutos. Misture todos os ingredientes do recheio e, antes de depositar sobre a massa pré-assada, deixe por 1 hora na geladeira. Depois disto, é só despejar o recheio na forma e assar por uns 45 minutos.

29 outubro, 2009

Desabafo de mãe


Embora não tenha aparecido muito por aqui, continuo frequentando quase que obsessivamente minha cozinha. Quem acompanha o blog sabe dos meus esforços em manter uma alimentação saudável aqui em casa - mas o que parece ser simples, não é. Por exemplo: meu filhote mais novo sofre de asma, o que significa que devido aos medicamentos, ele está acima do peso - uns 7 kilos mais ou menos. Principalmente por ele, que já foi alérgico a leite de vaca e, durante anos seguiu uma dieta bastante rígida, meu esforço é dobrado. Desde que foi "liberado" da dieta, se deslumbrou e hoje, a despeito das minhas tentativas, é quase impossível demovê-lo da idéia do consumo de leite e derivados... Assim, me esforço em mandar de lanche escolar bolinhos caseiros (cenoura, abobrinhas, banana), mas qual não é a minha decepção quando descubro que ele o troca por qualquer pacotinho de biscoito industrializado... E por aí vai - as festas infantis então, são quase o meu pesadelo - fico realmente chocada com a falta de consciência dos cardápios oferecidos. Mas, ofício de mãe é assim mesmo, diariamente precisamos nos esforçar e não podemos desistir jamais! O avanço desta semana foi a adoção (com consentimento de todos) da inclusão diária de arroz integral e a abolição do consumo de carne em três dias na semana - e, para isto, estou pesquisando receitas vegetarianas que possam agradar (e não apenas nutrir) meus filhotes ... E foi assim que descobri, por exemplo, o excelente blog da Rita Taborelli, Prato de Papel, nova colunista da revista Bons Fluidos, pelo que entendi, substituindo a Sônia Hirsh. Bom, deixa eu ir que está na hora do almoço... depois eu conto o menu...

14 outubro, 2009



"Dois homens chegam com tinas de berinjela. Compridas, esguias, casca bem lisa e violeta, com folhas e talos intactos. Acho que dizem alguma coisa como se precisar mais, é só dizer, senão nós traremos mais amanhã. Berinjelas compridas, esguias, casca bem lisa, recém-colhidas, rapidamente lavadas na pia batismal. São então levadas à mesa de trabalho, em que, depois de secas, o talo é retirado. Deixando-as inteiras mas fazendo cortes profundos em sua superfície, as viúvas rolam as berinjelas em uma caixa contendo uma mistura de farinha, farelo de pãp, são marinho e queijo pecorino ralado. Rolam, dão umas batidinhas e rolam de novo, pressionando a mistura seca para dentro dos cortes mais mínimos. Depois deitam aqueles bichos estranhos sobre bandejas forradas de papel e as levam até os fogões, onde outras viúvas aguardam, para mergulhá-las em óleo fervente, poucas de cada vez. Deixam-na flutuar, sem mexer, até que o miolo fique bem macio e a casca, crocante e de um bronzeado escuro. Então as retiram com uma escumadeira e as recolocam nas bandejas forradas de papel, esfregando grandes cristais de sal marinho entre as mãos sobre elas, enquanto ainda estão bem quentes. As berinjelas são então levadas para o salão de refeições, onde ficarei sabendo, mais tarde, que são servidas quase frias e ainda crocantes, com um molho de tomate cru temperado com manjerona. E vou saber que não são servidas ainda quentes, direto da panela, para que, ao esfriarem, seus sabores se misturem e se intensifiquem. Saberei, também, que tenho uma alarmante capacidade para me empanturrar com elas."



Um certo verão na Sicília. Uma históris de amor

Marlena de Blasi

Editora Objetiva, 2009.

07 julho, 2009

Este é um blog de culinária mas...

Na realidade, este é mais um post justificativa. Sei que ando sumida ultimamente, mas existem algumas boas razões para isto. Há duas semanas mais ou menos que a família toda resolveu adoecer - eu e os filhotes fomos vítimas de uma virose super forte e ficamos, os três, completamente entregues. Mas um dos principais motivos do afastamento está intimamente ligado com os novos rumos que pretendo dar a minha vida pós-doutorado. Não é preciso dizer que todo o processo de escrever uma tese esgota qualquer um, mas no meu caso, já faz algum tempo que venho sentindo realmente falta de me dedicar a outras paixões que não a literatura. A verdade verdadeira é que estou completamente tomada pela idéia de voltar a me dedicar às minhas outras vocações, dentre as quais, a costura. Ganhei uma máquina e estou pensando em aprender a usá-la. Voltei a fazer aulas de quilting e voltei a bordar - e isto toma um tempo danado. Tenho feito colchas de retalhos, bichinhos de pelúcia, almofadas, pontos de cruz, ou seja, tenho brincado bastante. Mas tenho cozinhado também e hoje fiz umas madeleines de milho deliciosas - embora, definitivamente, não me entenda com as minhas forminhas. Sorte que tenho poucas e o restante da massa assei em forminhas de mini muffins - que ficaram muito mais graciosas.
Mas de todo modo a receita é dez!


Madeleines de Milho (receita de Claudia Freyre)

150 g de açúcar
3 ovos
raspas de 1 limão
100 g de farinha de trigo
50 g de fubá de milho
10 g de fermento em pó
100 g de manteiga amolecida

Com o auxílio de um fouet, bater os avos, o açúcar e as raspas de limão. Acrescentar as farinhas e o fermento e, por último, a manteiga. Deixar a massa repousar por 20 minutos. Depositar nas forminhas já preparadas e assar por 20 minutos.










30 maio, 2009

Mar Profundo


Ontem, procurando um livro em minha bagunçada estante, me deparei com este exemplar - o romance Mar Profundo, de Romesh Gunesekera. Na ocasião de minha leitura, lembro-me de ter ficado encantada com ele, lembro-me, até, de ter escrito uma resenha um pouco mais elaborada, tentando falar um pouco da importância de ler esta geração de autores surgidos na esteira dos estudos pós-coloniais. Mas depois de uma rápida busca no meu computador, me dei conta de que ela havia, definitivamente, desaparecido. Mas não tem problema, deixo aqui pelo menos um pequeno registro sobre o livro. Na sua orelha lemos:



“ Mar Profundo (...) é uma exótica história de crescimento e perda que se passa no exuberante paraíso do Sri Lanka (então Ceilão), pequena ilha ao sul da Índia. O narrador é Triton, que, aos onze anos, passa a trabalhar na casa do senhor Salgado (...) aprende a cuidar da casa e a lustrar a prataria. Mas seu destino é mais sutil, e ele logo começa a assar pão, bolo de amor com castanhas-de-caju frescas; a preparar panquecas de arroz com curry de peixe, bolinhos os mais variados, camarões em suflê de rum e peixe-papagaio cozido no vapor com sambol de pimenta, além de um sem número de outras delícias. (...) Conforme Triton conta a sua história, uma extraordinária voz emerge: ingênuo e sábio, temeroso e bravo, um menino tornando-se homem em um mundo à beira do caos, às vésperas das guerras étnicas que assolaram a ilha a partir da década de 1980”.


Aí vai uma nota história sobre o Sri Lanka: Lembram-se dos famosos versos de Camões “As armas e os barões assinalados / Que, da Ocidental praia Lusitana, / Por mares nunca de antes navegados / Passaram ainda além da Traprobana,” ? Pois é, a Traprobana era o Sri Lanka, ilha povoada desde o século X pelos árabes. Em 1517, os Portugueses lá fundaram a cidade de Colombo, e a ocuparam até o final do século XVIII quando, os franceses tomaram e a batizaram de Ceylon. Alguns anos depois, em 1802, ela foi oficialmente cedida à Grã-Bretanha, e passou a ser uma colônia real. Só em 1948 é que o Sri Lanka conseguiu sua independência.

29 maio, 2009

"Nata Cozida"


A Panna Cotta tradicional é uma sobremesa bastante simples da culinária italiana da região do Piemonte. Feita com creme de leite fresco, gelatina, açúcar e baunilha, ela se presta a uma infinidade de acompanhamentos, como caldas de frutas frescas e chocolate. Mas não é sempre que temos creme de leite fresco em casa, não é mesmo? Pelo menos aqui em casa não. No mercadinho mais próximo não vende, nem na padaria do bairro, por isto só compro quando vou ao Hortifrutti ou a algum mercado um pouco mais chiquezinho. Ocorre que ontem resolvi fazê-la com leite e ficou super interessante. Aromatizei o leite com folhinhas de alecrim fresco e baunilha e usei a proporção básica: duas xícaras de leite, ½ xícara de açúcar e um pacotinho de gelatina em pó sem sabor.

Panna Cotta de Alecrim com Morangos
2 porções

1 xícara de leite
Folhas de alecrim fresca
¼ de xícara de açúcar
1 ½ cc de gelatina em pó sem sabor
½ cc de extrato de baunilha

Para a calda:

Morangos frescos fatiados
1 colher de chá de manteiga
1 colher de sopa de açúcar
1 pinguinho de água

Separe ¼ do leite e despeje a gelatina dentro, para hidrata-la. Enquanto isto ferva o leite com o açúcar, o alecrim e a baunilha. Faça-o muito lentamente, em fogo bem baixinho, para que o leite fique bem aromatizado. Quando ferver, despeje um pouquinho do leite na gelatina. Dissolva bem e volte tudo à panela. Quando estiver tudo bem diluído, coe a misture e a deposite em duas pequenas forminhas. Leve ao freezer por 1 hora e então, deixe-as na geladeira até a hora de servir. Desenforme-as e espalhe a caldinha por cima. Para a calda, basta levar todos os ingredientes ao fogo, até atingir a consistência desejada.

28 maio, 2009

Vocês sabiam que existem caçadores de frutas? Pois é, eu também não sabia, até ter em mãos o livro de Adam Leith Gollner, Caçadores de frutas: uma história de natureza, aventura, comércio e obsessão.

Mas confesso que sempre desconfiei que esta seria uma ótima ocupação para um de meus filhotes. Na verdade, preciso ser ainda mais sincera, tenho certeza que sua verdadeira vocação é esta. Desde pequeno ele demonstra um raro talento para isto. Seu livro preferido na primeira infância foi o maravilhoso O Ratinho, o Morango Vermelho Maduro e o Grande Urso Esfomeado, de Audrey Wood & Don Wood.




E até hoje um de seus passatempos favoritos é “caçar” frutas no Jardim Botânico. Ano passado, em sua escola, foi instituído o dia da fruta – toda sexta-feira ele tinha que levar uma fruta para compartilhar o lanche com os amigos. Quase enlouqueci – não podia nunca ser uma simples banana, ou uma boa maça, ou uma bonita pêra. Tinha que ser algo diferente – toda semana era a mesma história. Resultado, virou fã incondicional de marmelos e limões sicilianos, o qual saboreia como laranja. E finalmente ontem me fez comprar uma pitaia, ou fruta-dragão – fruta que acho realmente linda, mas que custa uma verdadeira fortuna. Para mais informações sobre a pitaia, clique aqui.


Aí vai uma receita tentadora:

Granita de Pitaia

450 de polpa de pitaia em cubinhos
80 g de açúcar
½ suco de 1 limão
150 g de água

Leve tudo ao fogo e deixe ferver. Desligue, espere esfriar e leve ao freezer. Ao longo do congelamento, quebre a misture com o auxílio de um garfo. (Fica com a textura de uma raspadinha).

Fonte: blog Gourmandise

26 maio, 2009

Uma boa surpresa!!




Uma das coisas que adoro fazer é reler meus antigos livros de receitas. É sempre uma nova viagem. Receitas que nem me lembrava mais ou que na época em que vi, não me diziam nada. É que nossos gostos e sensibilidades estão sempre em mutação - o que é bom demais! Foi o caso desta inusitada sopa de Tortelloni com coco, retirada de um livro intitulado Massas, de Sally Mansfield, editado pela Manole. A verdade verdadeira é que eu não me lembrava, sequer, de ter lido esta receita algum dia, mas quando ontem bati os olhos nela, me encantei e resolvi prepará-la. E a prepararei muitas vezes ainda...

Sopa de tortelloni com coco

1 1/2 colher de sopa de azeite
325 g de tortelloni
1 cebola fatiada
2 alhos picados
200 ml de leite de coco
200 ml de leite
475 ml de caldo de legumes
1 maço de manjericão
125 g de queijo minas picadinho
sal e pimenta

Refogue as cebolas e o alho no azeite. Junte o leite de coco, o leite, o caldo e meio maço de manjericão. Deixe ferver e liquidifique. Volte à panela. Enquanto isto, prepare o tortelloni conforme instruções da embalagens. Quando estiverem prontos, escorra-os e junte-os à panela com o caldo de coco. Junte o manjericão restante e os pedacinhos do queijo. Está pronta.

25 maio, 2009

Deu no New York Times...


... a comida brasileira está de volta à mesa!!

23 maio, 2009

Sabe aquele curd de maracujá?


Virou recheio de pão de ló!

21 maio, 2009

Ando investindo em novos hábitos alimentares, utilizando legumes e verduras que não costumo comer com tanta freqüência. E o resultado tem sido maravilhoso. São descobertas cheias de sabores e promessas de novas receitas. E o melhor de tudo, o meu filhote mais chatinho para comer, que costuma implicar um pouco com alimentos que não tem o hábito de ver na mesa, comeu tudinho, sem reclamar. Inacreditável!!


Os dois eleitos da semana foram os rabanetes e o repolho roxo.



Os rabanetes sempre me intrigaram um pouco – nunca entendi direito como alguém pôde arriscar tanto pelo simples desejo de comer rabanetes. É claro que todos devem se lembrar da história da Rapunzel, pois é. Mas o mais inusitado foi descobrir que existem rabanófagos, ou seja, uma espécie de comedores compulsivos de rabanetes. Gil Vicente, um dramaturgo português do século XVI, fala “dessa gente sustentada a rabanetes”, e por aí vai...
O fato é que aqui em casa, agora, somos uma família rabanófaga.

Receita: Corte os rabanetes em quatro partes. Cozinhe-os em uma frigideira com um pingo d'água, sal, pimenta, 1 pedaçinho de manteiga e 1 colher de sopa de açúcar. Deixe a água evaporar - o que irá torná-los levemente caramelizados.


Quanto ao repolho roxo, a novidade ficou por conta do modo de preparo, pois costumo fazer saladas com ele. E desta vez o preparei na panela ...

Receita:
1 kg de repolho roxo
2 colheres de sopa de azeite
2 colheres de sopa de cebola picadinha
1/2 xícara de passas brancas sem sementes
2 colheres de sopa de açucar
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
1 1/2 colher de chá de sal
Refogue as cebolas no azeite. Acrescente o repolho cortado fininho, e o restante dos ingredientes. Tampe a frigideira, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 15 minutos.

Aí vão algumas dicas literárias sobre o assunto:
Rabiscos e Rabanetes, de Sylvia Orthof
O Grande Rabanete, de Tatiana Belinky
Este não é rabanete, mas vale a pena dar uma olhada:

O Nabo Gigante, de Alexis Tolstoi

Editora Girafinha

20 maio, 2009

Ponto para Júlia!


"(...) Ora, desde que o enfarruscador ofício de temperar panelas se enfeitou com o nome de arte culinária, temos uma certa obrigação de cortesia para com ele. E concordemos que é uma arte pródiga e fértil. Cada dia surge um pratinho novo com mil composições extravagantes, que espantam as menagères pobres e deleitam os cozinheiros da raça! Dão-se nomes literários, designações delicadas, procuradas com esforço, para condizer com a raridade do acepipe. Os temperos banais, das velhas cozinhas burguesas, vão-se perdendo na sombra dos tempos. Falar em alhos, salsa, vinagre, cebola verde, hortelã ou coentro, arrepia a cabeluda epiderme dos mestres dos fogões atuais. Agora em todas as despensas devem brilhar rótulos estrangeiros de conservas assassinas, e alcaparras, trutas, manteiga dinamarquesa (o toucinho passou a ser ignominioso), vinho Madeira para adubo do filé, enfim tudo o que houver de mais apurado, cheiroso e... caro!
As exigências crescem, ameaçam-nos e, sem paradoxo, somos comidos pelo que comemos. Isto vem à propósito de uma exposição de arte culinária que se fez, há pouco tempo, em Paris. Imaginem como aquilo deve ser encantador e apetitoso! Quem já viu as vitrines das charcuteries, das crémeries, das confeitarias, etc., e que sabe com quanto mimo e elegância são expostos os queijos, os paios e os pastéis, entre bouquets de lilases e fofos caixões de papéis de seda bem combinados, crespos e leves como plumas, imagina que de novidades graciosas se juntarão no Palácio da Indústria. Naturalmente, cada expositor é um arquiteto e um artista na combinação das cores. Fazem-se castelos de biscoitos, torres engenhosas de chocolate, de creme, de morangos, onde tremulem, em cristalizações policromas, as gelatinas de frutas ou de aves, refletindo luzes entre lacinhos de fita e flores frescas, porque o francês tem a preocupação gentilíssima de deleitar sempre os olhos alheios. Abençoada mania!
O que eu invejo não são as trutas, nem os champignons, nem o seu foie-gras, porque tudo isso temos nós aqui e mais muitas coisas que eles lá desconhecem. O que eu invejo é aquela facilidade, aquela graça das exposições que se sucedem e se multiplicam e que não podem deixar de ser úteis, porque abrem a curiosidade e ensinam muito.A cozinha francesa tem-se intrometido em toda a parte. A Inglaterra opõe-lhe forte resistência com as suas batatas cozidas e presunto cru; mas a nossa, por exemplo, está muito modificada por ela. Entretanto, temos pratos característicos, só nossos e que eu teimo em achar gostosos. Infelizmente falta-lhes o chique, o lado onde se possa atar a tal fitinha ou colocar o buquê de violetas do inverno ou do muquet da primavera.
O feijão preto com o respectivo e lutuoso acompanhamento não se presta por certo para a coquetterie de um adorno mimoso, mas nem por isso deixa de ser da primeira linha. Depois temos os pratos baianos, o afamado vatapá e outros, quentes e lúbricos, e o churrasco do Rio Grande, e o cuscuz de São Paulo, e tantos que eu ignoro e que descobrem, demonstram, por assim dizer, as tendências, o temperamento do povo.
Um país como o Brasil tão vasto e variado não teria proporções mais curiosas para realizar uma exposição neste gênero? Só de frutas, que, tratando-se da mesa, tem todo o lugar, e de doces... imaginem: faríamos um figurão! geralmente caluniam-se as frutas brasileiras e parece-me tempo de lhes irmos dando a merecida importância. Não há nenhum brasileiro que conheça todas as frutas do seu país. O europeu desdenha-nos nesse sentido; esquece-se de que em muitos lugares do Paraná, Minas e Rio Grande, desenvolvem-se peras magníficas, damascos, cerejas, nozes, etc. E as frutas e as hortaliças indígenas? Inumeráveis!
O que falta à nossa gourmandise é poder agrupá-las, poder escolher, na mesma terra, estas ou aquelas, e isso só se poderá fazer se houver aqui, algum dia, como agora em Paris, quem dê importância à mesa, e procure, por meio de exposições, facilitar esse ramo de comércio, educar o povo, e dar-lhe um elemento novo de prazer e de saúde.


"A Arte Culinária", de Júlia Lopes de Almeida. Livro das donas e donzelas, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1906.

19 maio, 2009

Convite


Desde a minha leitura do livro O Mundo é o que você come, de Barbara Kingsolver, muitas mudanças ocorreram na minha vida e muitos interessas se solidificaram, apontando uma nova direção na minha visão de mundo. Ao longo da minha leitura, me chamou especial atenção à questão que envolve a extinção de grande parte de grãos e sementes conhecidas por nós. Desde então tenho pesquisado bastante o assunto e me identificado cada vez mais com as propostas de preservação destes sabores ameaçados. No site Slow Food Brasil, encontramos uma lista dos alimentos brasileiros incluídos na Arca do Gosto. São eles: Pinhão, Arroz vermelho, Babaçu, Bergamota Montenegrina, Farinha de Batata Doce Krahô, Umbu, Palmito Juçara, Guaraná Nativo Sateré-Mawé, Feijão Canapu e Castanha de Baru. Mas a minha pesquisa vai um pouco mais longe e envolve, também, a maneira de lidar com estes (e outros) ingredientes. São receitas, modos de cuidar e de usufruir da alimentação que estão desaparecendo, se perdendo no tempo. E eu gostaria de resgatá-los. Tenho reunido, na medida do possível, receitas de meus antepassados – aqueles velhos cadernos de receitas, escritos à mão, que mesclavam o modo de fazer com uma espécie de economia doméstica. E minha vontade é reuni-los e edita-los novamente. Daí a idéia desta campanha-brincadeira. Estarei recebendo, até o dia 25 de junho, a contribuição de todos aqueles que gostariam de participar do projeto. Selecionarei 25 receitas (com histórias e ilustrações) e publicarei um e-book, que será disponibilizado on-line e enviado para todas as organizações voltadas para as questões de alimentação. Não preciso dizer, que todas as receitas incluídas no livro, receberão os devidos créditos. Na medida que forem surgindo novos alimentos, irei postando informações sobre o mesmo. Espero contar com a ajuda de todos vocês. Desde já obrigada!

Delícia da Semana

Há tempos que quero fazer esta maravilha: Curd de Maracujá, vista pela primeira vez no maravilhoso Il Cavoletto di bruxelles.



A receita é super simples e fácil de fazer. Basta bater juntamente 4 ovos, 160 g de açúcar e 250 g de polpa de maracujá e, continuar batendo por 8 minutos, sobre uma panela com água fervendo. Aos poucos a mistura vai ganhando corpo. Após este tempo, retirar do vapor e acrescentar 120 g g de manteiga. Bater até incorporá-la totalmente. Está pronto e só guardar e levar para gelar. Dura uma semana na geladeira e serve como base e acompanhamento para muitas outras delícias.

17 maio, 2009

Novidades Literárias

Novo lançamento: Banquetes Intermináveis. Os melhores textos da revista Gourmet. Editora, DBA.





Esta delícia de livro, devemos ao talento de Ruth Reichl e ao seu esforço em aliar, de forma definitava, as belas letras ao bom garfo. Os 40 textos selecionados por ela, ao longo dos sessenta anos de existência da Revista Gourmet, são todos pequenas (e grandes)pérolas - garantia de boa leitura e de muita inspiração. E para completar o presente, vem com uma apresentação da querida Nina Horta. Ou seja, tudo de bom!!!!
Para saborear:
"Madame era famosa pela truta, pelas pernas de rã e pelo camarão-de-água-doce. Já provei todas eles muitas vezes. Alguns rigoristas da etiquêtica gastronômica criticam o que ela denominava truites meunières porque o peixe estava sempre retorcido como truites au bleu. De certa feita, perguntei a Berthe a razão disso. Ela deu de ombros: "E daí? Truta morta há menos de um minuto fica se retorcendo em agonia na manteiga quente. Dá para achatá-la, é verdade. Mas mamãe prefere deixá-la tão confortável quanto possível". Não havia mais nada do que pudesse dizer."
M.F.K.Fisher, "Três estalagens suiças".

13 maio, 2009

28 abril, 2009

Delícias rápidas

Adorei esta receita de pãezinhos de gorgonzola com nozes da Heloisa Bacellar. Além de deliciosa é super rápida, o que tem a vantagem de poder ser feita de última hora ...
quando chega aquela visita inesperada.




Pãezinhos de gorgonzola com nozes


3 xícaras de farinhas de trigo
2 colheres de chá de sal
3 colheres de chá de fermento em pó
150 g de gorgonzola esmigalhada
75 g de manteiga gelada em cubinhos
1 xícara de leite
2/3 de xícara de nozes grosseiramente picadas


Em um bowl misture a farinha, o sal, o fermento, o queijo e a manteiga, até virar uma farofa. Junte o leite e as nozes e misture o suficiente para para formar uma massa macia que descole da mão, adicionando mais um pouquinho de farinha se a massa estiver pegajosa.
Polvilhe uma superfície com farinha e abra a massa formando um retângulo. Corte em pequenos quadrados e leve ao forno para assar por 15 minutos, ou até crescer e dourar.

27 abril, 2009

Reciclar I

Não sabe o que fazer com latas vazias? Dê só uma olhada nestes produtos da Rafinesse & Tristesse.



23 abril, 2009


Éclair, Bomba de Chocolate, Carolinas, não importa exatamente por quais dos nomes optamos por chamá-las, mas importa sim saboreá-las. Estes doces feitos de massa cozida e assada são mencionados pela primeira vez ainda no século XVI, na descrição dos famosos profiteroles, sobremesa feita com carolinas recheadas de sorvete e cobertas com calda quente de chocolate.
Ontem resolvi fazê-las pela primeira vez aqui em casa ... e ficaram uma delícia. Mas o mais legal é que esta é uma receita da qual podemos derivar uma infinidade de sobremesas. Depois de assar as minhas carolinas, separei-as em três partes. Uma delas, a da foto, foi recheada e coberta com ganache de chocolate amargo, a outra parte, foi recheada com sorvete para fazer o famoso profiteroles e a terceira parte eu congelei, para usá-las em alguma ocasião especial. Muitas idéias me vieram à cabeça e muitas combinações de sabores, mas estou tendendo para a seguinte – carolinas recheadas com sorvete de coco e calda de caramelo quente e gengibre. O que acham? Não vejo a hora de testá-las.


Carolinas



Para a massa:


2 xícaras de água
100g de manteiga
1 pitada de sal
1 pitada de áçúcar
2 xícaras de farinha de trigo
5 ovos

Modo de preparo:


Ferva a água, a manteiga, o sal e o açúcar. Quando levantar fervura, abaixe o fogo e junte a farinha de uma só vez. Mexa bem até a massa desgrudar do fundo da panela (aproximadamente 30 segundos). Desligue o fogo e junte os ovos, um a um, e misture bem até incorporar à massa.
Unte duas assadeiras ou use papel manteiga para a massa não grudar. Dê o formato que preferir. Leve ao forno por 50 minutos ou até que as carolinhas fiquem bem tostadinhas (marrons, caramelo escuro). Depois disto, é só rechear.

21 abril, 2009

Friozinho + taça de vinho = jantar italiano

Ontem esfriou um pouquinho aqui no Rio, o que me deu uma vontade louca de tomar um vinho e comer um bom risoto. E foi o que fiz. Há tempos vinha querendo experimentar este risoto típico da culinária veneziana, o Risi i Bisi. Utilizei ervilhas congeladas da Bouduelle, que tinha comprado para fazer este prato. É claro que precisei descongelá-las previamente, mas o que fiz foi reduzir o tempo indicado na embalagem pela metade. Usei o método tradicional de preparar o risoto e, ao contrário da receita original, que pede um risoto bem mais molhadinho, fiz do meu jeito, o mais cremoso possível. Mas valeu a pena. Receita rápida, prática e super econômica. E para completar o tom italiano da noite, preparei alguns amerettis para comer com sorvete.



Risi i Bisi ( Receita de Sílvia Percussi)


300 g de arroz arbório
½ xícara de bacon picado
1 cebola picada
¼ de xícara de vinho branco seco
1 litro de caldo de legumes
200 g de ervilhas
1 colher de sopa de manteiga
3 colheres de sopa de queijo ralado


Na panela, refogue as cebolas e o bacon no azeite. Junte as ervilhas e o arroz. Acrescente o vinho branco e, quando evaporar, comece a regar o arroz com o caldo, xícara por xícara, até que ele fique al dente. Junte então, a colher de manteiga e o queijo ralado.



Amarettis (Larousse da Cozinha Italiana)


150 g de farinha de amêndoas
2 colheres de chá de essência de amêndoas
100 g de açúcar
100 g de açúcar de confeiteiro
2 ou 3 claras


Bater as claras em neve com o açúcar e a essência. Incorporar a farinha de amêndoas misturada ao açúcar de confeiteiro. Depositas a massa em pequenas colheradas em uma forma forrada com papel manteiga e assar por uns 12 minutos.

14 abril, 2009

Maravilha da semana


Eu adoro as receitas do The Pioneer Woman Cooks. Volta e meia eu dou uma olhadinha lá para ver se encontro a danada da inspiração que às vezes teima em se esconder por aí. Foi o que aconteceu com este prato. Estava procurando algo para o jantar e eis que encontrei esta receita que utilizava as únicas duas coisas que tinha em casa - abobrinha e tomate. Embora já tenha feito algumas receitas de molho com estes dois benditos ingredientes, nunca nenhuma delas chegou nem perto da maravilha que é esta receita, com um inenarrável. Vale a pena fazê-la!!!!



Farfalle com abobrinhas


Ingredientes:


4 Abobrinhas médias, em cubinhos
1 Cebola média, picada
3 Alhos picadinhos
4 Tomates em cubinhos
Azeite
2/3 de xícara de Vinho Branco
1 colher de sopa de maisena
Farfalle
½ xícara de Creme fresco
Sal e pimenta
Ervas frescas


Em uma frigideira grande, deposite umas duas colheres de azeite e grelhe as abobrinhas, acrescente uma pitada de sal. Retire-as e reserve. Na mesma frigideira, acrescente um pouco mais de azeite, e doure as cebolas picadas, os alhos e os tomates picados. Após s alguns minutinhos, regue com 1/3 de xícara de vinho branco. Mexa bem para que o líquido fique bem misturado aos sabores da frigideira. Em um pequeno bowl, junte 1/3 de xícara de vinho branco com 1 colher de sopa de maisena. Mexa bem e então acrescente à frigideira. Mexa bem e junte imediatamente ½ xícara de creme fresco. Volte com as abobrinhas à frigideira, misture tudo gentilmente, acerte o sal e a pimenta e acrescente as ervas frescas. Manjericão e tomilho ficaram divinos!!!

Doce de leite da avó da Cláudia ou...

das delícias da rede!!!!



Aqui em casa doces de leite são sempre bem vindos. Todos adoram. Melhor ainda se forem feitos em casa, como este da foto. Esta receita é da avó da Cláudia, do delicioso blog Sabor Saudade. Reproduzo aqui a receita, mas vale a pena ler a original - é que ela tem aquele sabor de saudade....


Doce de Leite

2 litros de leite
2 xícaras de açúcar granulado
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio

Misturar o açúcar ao leite em uma panela grossa e funda. Ferver o leite e o açúcar em fogo alto, mexendo sempre. Quando ferver, reduzir o fogo bem baixo, adicionar o bicarbonato e mexer para incorporar. Deixar a mistura ferver e mexer apenas a cada hora ou meia hora.

Para adquirir cor é preciso deixar o leite ferver por pelo menos 4 horas e para adquirir a consistência talhada pelo menos 5 horas.

09 abril, 2009

Wayne Thiebaud

o pintor de tortas, doces e bolos ou o artista mais guloso da Califórnia?





Saiba mais no delicioso livro Delicious, The Life and Art of Wayne Thiebaud, de Susan Goldman Rubin.

07 abril, 2009

O nascimento do croissant e do bagel

R.O. Blechman é o cara. Além de cartunista da revista New Yorker, ilustrador e autor de livros infantis, Blechman vem se tornando, com seu traço inigualável, um dos maiores cronistas contemporâneos. Vale a pena dar uma conferida em sua obra.

25 março, 2009

Receitas da semana

Não tenho tido tempo de postar, mas ando cozinhando e preparando coisas muito gostosas. Nesta semana, estas três receitas passaram pela cozinha aqui de casa. E fizeram um sucesso danado. O Bolo de maçã com farofa de coco, é uma receita da Rita Lobo e está no seu livro A conversa chegou à cozinha; o Risoto de cebolas com sálvia é do livro da Marcella Hazan, La Cucina; e a salada é da dupla Erik Nano e Cristiano Lanna, atualmente consultores Zona Sul de frutas, legumes e verduras.

Bolo de Maça com farofa de coco






Para a farofa

1/2 de xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de nozes picadinhas
½ xícara (chá) de coco ralado
1 colher (chá) de canela em pó

Misture bem todos os ingredientes e reserve.

Para a massa

2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de canela em pó
1 pitada de sal
1 colher (chá) de bicarbonato
1 colher (chá) de fermento em pó
1 1/2 xícara (chá) de açúcar
1 colher (sopa) de suco de limão
2 colheres (sopa) de conhaque
4 maçãs grandes
2 ovos
½ xícara (chá) de óleo
1 colher (chá) de essência de baunilha

Modo de preparo

Coloque a farinha, a canela, o sal, o bicarbonato, o fermento e metade do açúcar numa tigela. Misture bem. Descasque as maçãs e corte-as em cubinhos. Transfira para uma tigela e misture o suco de limão, o conhaque e o açúcar restante. Em uma tigela grande, bata os ovos com um garfo. Acrescente o óleo e a baunilha. Nesta mistura, junte as maçãs e a farinha. Misture delicadamente. Transfira a massa para a assadeira preparada. Espalhe a farofa com as costas de uma colher de sopa. Leve ao forno para assar por 50 minutos.

Sirva com sorvete de creme.

Risoto de cebolas com sálvia




1 1/2 xícara de cebolas fatiadas
1 colher de sopa de manteiga
1 colher de sopa de azeite
sal e pimenta
6 xícaras de caldo de carne
1 1/2 xícara de arroz arbório
2 colheres de sopa de manteiga
3/4 de xícara de queijo ralado
10 folhas de sálvia fresca


Leve as cebolas fatiadas ao fogo, junto com o azeite e a manteiga. Deixe as cebolas adquirirem um tom dourado. Junte o arroz, o sal e a pimenta. Aos poucos, vá adicionando o caldo, até o arroz ficar ao dente. Para finalizar, junte a manteiga restante, o queijo e a sálvia. Deixe descansar, com a panela fechada, uns cinco minutos antes de servir.


Salada de maças, queijo de cabra e pancetta



1 maço de folhas de sua preferência
1 maça fatiada
150 g de pancetta fatiada
120 g de queijo de cabra

Lave as folhas e rasgue-as em pedaços grandes. Corte a pancetta em fatias e frite-as até que fiquem crocantes. Pique-as. Corte o queijo de cabra em cubinhos. Fatie a maça. Junte todos os ingredientes em um bowl e regue-os com o seguinte molho.

1 colher de sopa de vinagre de maça
1 1/2 colher de chá de mostarda dijon
1 colher de chá de mel
1/2 dente de alho espremido
3 colheres de sopa de azeite
sal e pimenta do reino


Para fazer o molho, junte todos os ingredientes em um pote vazio. Feche o pote e sacuda-o bem, até que a mistura esteja espessa e homogênea.

12 março, 2009

E o calor não vai embora...


Só nos resta, então, preparar mais uma salada. Esta é uma receita que eu adoro! Retirada do livro de Saladas do Celeiro. Rápida e super fácil de fazer, é pedida certa nestes dias de calor absurdo.


Farfalle ao molho oriental com castanhas de caju


1 pacote de farfalle (500 g)
1/3 de xícara de coentro fresco picado
1 xícara de cenoura cortada em juliana fina
1/2 xícara de castanhas do caju, tostadas


Para o molho:

6 colheres de sopa de molho de soja
2 alhos amassados
1 1/2 colher de sopa de vinagre de arroz
2 colheres de sopa de óleo de gergelim
1/2 colher de sopa de açúcar branco
1/2 colher de sopa de sal

Com um batedor manual, misturar todos os ingredientes do molho. Após cozinhar a massa, ele deve ser depositada, ainda quente, em uma bacia grande com o molho já preparado. Acrescentar as cenouras, o coentro e as castanhas. Resfriar e servir.

09 março, 2009

Gastronomia para pequenos leitores


A biografia ricamente ilustrada do chef de cozinha francês Aléxis Soyer, um dos grandes nomes da culinária inglesa vitoriana. Seu nome entrou para a História por ter sido responsável pela reforma dietética das vítimas da grande fome irlandesa (1845-1849) e também por alimentar os soldados envolvidos na Guerra da Criméia. Foi o chef responsável pelo breakfast servido para 2000 pessoas por ocasião da coroação da rainha Vitória. Soyer ficou conhecido também pela invenção de uma série de utensílios de cozinha e por diversos tipos de fogão.
THE ADVENTUROUS CHEF: ALEXIS SOYER by Ann Arnold (Farrar Straus and Giroux)

06 março, 2009

Eu, particularmente, adoro tomates secos. E desde que aprendi a fazê-los em casa, não quero outra vida. Dependendo do meu estado de ânimo, os faço no forno ou no meu desidratador. Estes dois vidros da foto foram preparados no forno - e eu calculo que tenham ficado umas 5 horas em forno bem baixinho. Aos do vidro maior eu acrescentei, depois de pronto, alhos bem picados, e aos do vidro pequeno, alcaparras.
Eu acho que tomates secos combinam com tudo - ficam maravilhosos em sanduíches, em saladas ou em tortas, como é o caso aqui. Para prepará-la, eu usei uma massa retirada da Larousse da Cozinha Italiana e inventei um recheio com os meus tomates.
Massa:
1 colher de sobremesa de fermento biológico instântaneo
1 colher de chá de açúcar
1 colher de chá de sal
100ml água
250g farinha de trigo
50g manteiga
pimenta do reino
1 ovo para pincelar

Tempere a farinha com o sal, o açúcar e a pimenta. Acrescente o fermento. Junte a manteiga e esfarele-a com os dedos. Acrescente a água e sove a massa até ela ficar elástica. Deixe-a crescer por 1 hora.

Recheio:
1 ricota fresca
tomates secos
1 colher de sopa de pesto de manjericão (também feito em casa)
1 ovo
Basta misturar tudo e empregar.
Antes de colocar a torta no forno, pincele-a com o ovo batido. Em mais ou menos 30 minutos estará pronta.

Tomates Secos

Lave os tomates e corte-os longitudinalmente. Deposite-os em uma forma forrada com papel manteiga - com a cavidade para cima. Salpique com o tempero que quiser - eu geralmente utilizo um sal preparado com ervas e alho e acrescento uma porção generosa de orégano. Leve ao forno muito baixo por umas 5 horas. Após este tempo, eles estarão bem sequinhos e murchos. É a hora de empilhálos, intercalando com alhos fresco bem picado. Depois de preencher o vidro todo, regue com azeite até a borda. Tampe e leve à geladeira. Está pronto.

05 março, 2009

Rio 40 Graus


Neste calor fica difícil cozinhar! Para o almoço, uma saladinha refrescante é a pedida. Esta simples e rápida combinação é a preferida do meu pai e eu só costumo prepará-la quando ele vem almoçar - o que, diga-se de passagem, é bem raro. Mas hoje resolvi prepará-la apenas para mim.
Basta cortar uma maça verde em cubinhos, uns dois talos de aipo, também em cubinhos, juntar um punhado de passas e temperar com azeite, limão, sal, pimenta e um pouco de iogurte. Depois disto, depositá-la num leito de chicória friseé.

Segundo a meteorologia, este calarão só deve ceder um pouco no sábado - até lá, muita salada para nós.

02 março, 2009

Encerrando a folia e iniciando o ano...







Pois é, a festa acabou. Ano Novo, vida nova, mas a rotina de sempre! Lanche de domingo, pão de queijo da Fer, da Neide, e de quem mais fizer ; Jantar de segunda-feira depois de um belo dia de aula ... Spaghetti com almôndegas de ricota e torta de maça.

Para o spaghetti:

300 g de ricota
2 colheres de sopa de queijo ralado
½ xícara de farinha de trigo
1 gema
orégano a gosto
Misture tudo muito bem e enrole como almôndegas. Leve ao forno para assar, regado com azeite.
Deixe no forno uns 25 minutos, ou até que as almôndegas dourem. Faça um bélissimo molho de tomate e pronto.

Para a Torta:

Massa:

1 xícara de farinha de trigo
4 colheres de sopa de manteiga
3 colheres de sopa de creme de leite fresco
1 colher de sobremesa de açúcar
Misture tudo e empregue. (Para a torta faça duas receitas, uma para o fundo da forma e outra para cobrí-la.)

Recheio:

Fiz o recheio na intuição. Descasquei e fatiei umas 6 maças. Deixei-as cozinhar em fogo baixo com 1 colher de sopa de manteiga e 1/2 xícara de açúcar demerara. Quando estavam cozidas, acrescentei 1 colher de sopa de maisena diluída em água. Deixei o recheio engrossar, desliguei o fogo e acrescentei o caldo de 1/2 limão e mais 1/4 de xícara de açúcar. Quando estava completamente frio, depositei-o na minha base de torta, cobri com mais massa e levei ao forno por 40 minutos.
Comemos morna com sorvete de creme. Sucesso absoluto.


Para começar a semana com o pé direito!