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Vazam-se os arsenais e as oficinas,
Vazam-se os arsenais e as oficinas,
Reluz, viscoso, o rio; apressam-se as obreiras;
E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as varinas.
Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
Os filhos que depois naufragam nas tormentas.
Descalças! Nas descargas de carvão,
Desde manhã à noite, a bordo das fragatas;
E apinham-se num bairro aonde miam gatas,
E o peixe podre gera os focos de infecção!
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In: O sentimento dum ocidental, Cesário Verde.
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In: O sentimento dum ocidental, Cesário Verde.
Um comentário:
Olá!! Sou uma apaixanada da língua e da cultura portuguesa.
Estou a trabalhar com o fado "Maria Lisboa", de David Mourão-Ferreira, para uma oficina de Música e Palavras. O intuito da oficina é, além de fazer conhecer e desfrutar do fado, é indagar sobre questões socioculturais de Portugal, e especialmente de Lisboa. Qual é o nome do Poema de Cesário Verde, da sua postagem?
desde já obrigada pela sua atenção
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