30 agosto, 2007
1, 2, feijão com arroz ... 3,4, ambrosia da Tatu!
Ambrosia Cremosa
4 ovos bem batidos
250 g de açúcar
50 ml de água
Suco de ½ limão
Suco de ½ laranja
Ferva a água com o açúcar e deixe derreter muito bem. Tire do fogo e junte os ovos batidos misturados com os sucos. Volte ao fogo baixo e cozinhe, sem mexer muito, até ficar cremoso. Sirva em pequenos potes com um pouco de queijo branco ralado grosso para decorar. Gratine, se gostar.
29 agosto, 2007
Uma homenagem às varinas de Lisboa
Vazam-se os arsenais e as oficinas,
(...)
In: O sentimento dum ocidental, Cesário Verde.
26 agosto, 2007
Novo colaborador, meu amigo Biagio!
Uma das experiências mais maravilhosas da minha vida foi uma viagem a Helsinque em ocasião dos meus 30 anos. Todo o exótico que sonhava de ver, naquela época, se resumia na Finlândia. A experiência culinária foi realmente única.
Fui a um restaurante, no dia do meu aniversário (8 de maio) que chama LAPPI e que quer dizer “Lapônia”. Fica numa rua central da capital, Annankatu 22, que significa “Avenida Anna”(em honra a uma princesa sueca, provavelmente). Lá o meu menu foi extraordinário e ainda, a distância de anos, o lembro com prazer e saudades.
Entrada: um aperitivo “Poronkyynel” (Lágrimas de rena), uma cachaça local, bastante forte, com frutas do bosque amarelas (deliciosas!!!).
Primeiro prato: “Poronkäristystä” (Refogado de rena). Atenção ao finlandês: rena se diz “poro”, mas ao genitivo faz “poron”…Esse prato, Lara, é uma verdadeira delícia: se acompanha com puré de batatas e um molho a base de arando vermelho (é um prato que tem uma variante na Rússia, mas disso lhe direi em outro momento).
Sobremesa: Karpalojäätelöä, lämmintä valkosuklaa kastiketta ja hunaja-lakkahilloketta (Sorvete de kárpalo. Jäätelöä è uma palavra impronunciável significa sorvete, e o kárpalo è uma fruta dos lagos que não existe em outros lugares se não no extremo norte da Europa) com um molho de chocolate branco e geléia de mel e amoras...
Não é uma maravilha dos deuses??? Pode imaginar em que céu estava eu???
Estavam comigo dois grandes, grandíssimos amigos, um belga e outro italiano que ficaram sem palavras... porque o restaurante foi uma escolha minha... mas a conta foi
deles!!! Era ou não era o meu aniversário???
Biagio querido, aguardo muitas novas colaborações. Muito obrigada!
25 agosto, 2007
Enfim, casa nova!
1 cebola picada
Azeite
2 colheres de chá de sementes de erva-doce
1 litro de caldo de legumes
1 lata de tomates pelados
Sal, pimenta e 1 pitada de açúcar
2 xícaras de arroz para risoto
Manteiga
Queijo ralado
Refogue as cebolas no azeite, junto com as sementes de erva-doce. Acrescente o arroz e, assim que ele ficar translúcido, comece a regá-los com o caldo de legumes. Mais ou menos na metade do cozimento, acrescente parte dos tomates pelados (que devem ter sido refogados no azeite e temperados com sal, pimenta e uma pitada do açúcar). Alterne o caldo de legumes com o restante dos tomates. Para finalizar, acrescente 1 colher de sopa de manteiga e 2 colheres de sopa de queijo ralado. Delícia!
Crocante do jardim
1 kg de frutas (eu usei maças, morangos e peras), descascadas e cortadas
¼ de xícara de manteiga
3 colheres de sopa de açúcar
Refogue as frutas na manteiga, como para uma compota. Na hora de retira-las do fogo, acrescente as três colheres de açúcar e mexa até dissolve-las. Reserve.
Faça uma espécie de farofa com 1 xícara de chá de farinha de trigo e 100 gr de manteiga. Deposite as frutas num pirex, cubra com a farofa e leve para assar por uns 25 minutos. Eu comi o meu crocante com sorvete de chocolate branco.
Amor de irmão
Pão italiano
Pimenta tabasco
Mostarda
Palitinhos
Ferrero roche
Amendoim
Pizza
Sanduíche de filet
Salada de alface com muito limão
Vinho
Coca zero...
E eu amo meu irmão.
Vocês devem ter percebido que estou há alguns dias sem postar. É que minha vida, nesta última semana, virou de ponta cabeça. Além da mudança de endereço e da pressa em terminar minha qualificação, meu irmão nasceu de novo. Explico: após um vazamento de gás em seu banheiro, ele foi encontrado desmaiado e tão logo foi socorrido, ficou um tempo sem os movimentos. Nada no mundo pode explicar os sentimentos que passaram pela minha cabeça durante estas terríveis horas. São nestes momentos-chaves de nossas vidas que entendemos o que é, de fato, relevante – a mudança, que me parecia a grande questão do momento, foi reduzida a algo tão insignificante que nem vale a pena mencioná-la. Quanto à qualificação, acabei dando conta do recado. Quanto ao meu irmão, graças a Deus ele renasceu! E quanto a mim, ganhei um irmão.
24 agosto, 2007
Num bairro moderno - Cesário verde
Dez horas da manhã; os transparentes
Matizam uma casa apalaçada;
Pelos jardins estancam-se os nascentes,
E fere a vista, com brancuras quentes,
A larga rua macadamizada.
Rez-de-chaussée repousam sossegados,
Abringam-se, nalguns, as persianas,
E dum ou doutro, em quartos estucados,
Ou entre a rama dos papéis pintados,
Reluzem, num almoço, as porcelanas.
Como é saudável ter o seu aconchego,
E a sua vida fácil! Eu descia,
Sem muita pressa, para o meu emprego,
Aonde agora quase sempre chego
Com as tonturas duma apoplexia.
E rota, pequenina, azafamada,
Notei de costas uma rapariga,
Que no xadrez marmóreo duma escada,
Como um retalho de horta aglomerada,
Pousara, ajoelhando, a sua giga.
E eu, apesar do sol, examinei-a:
Pôs-se de pé; ressoam-lhe os tamancos;
E abre-se-lhe o algodão azul da meia,
Se ela se curva, esguelhada, feia,
E pendurando os seus bracinhos brancos.
Do patamar responde-lhe um criado:
«Se te convém, despacha; não converses.
Eu não dou mais» E muito descansado,
Atira um cobre lívido, oxidado,
Que vem bater nas faces dum alperces.
Subitamente - que visão de artista! -
Se eu transformasse os simples vegetais,
À luz do sol, o intenso colorista,
Num ser humano que se mova e exista
Cheio de belas proporções carnais?!
Bóiam aromas, fumos de cozinha;
Com o cabaz às costas, e vergando,
Sobem padeiros, claros de farinha;
E às portas, uma ou outra campainha
Toca, frenética, de vez em quando.
E eu recompunha, por anatomia,
Um novo corpo orgânico, aos bocados.
Achava os tons e as formas. Descobria
Uma cabeça numa melancia,
E nuns repolhos seios injectados.
As azeitonas, que nos dão o azeite,
Negras e unidas, entre verdes folhos,
São tranças dum cabelo que se ajeite;
E os nabos - ossos nus, da cor do leite,
E os cachos de uvas - os rosários de olhos.
Há colos, ombros, bocas, um semblante
Nas posições de certos frutos. E entre
As hortaliças, túmido, fragrante,
Como dalguém que tudo aquilo jante,
Surge um melão, que me lembrou um ventre.
E, como um feto, enfim, que se dilate,
Vi nos legumes carnes tentadoras,
Sangue na ginja vívida, escarlate,
Bons corações pulsando no tomate
E dedos hirtos, rubros, nas cenouras.
O sol dourava o céu. E a regateira,
Como vendera a sua fresca alface
E dera o ramo de hortelã que cheira,
Voltando-se, gritou-me, prazeirenta:
«Não passa mais ninguém!... Se me ajudasse?!...»
Eu acerquei-me dela, sem desprezo;
E, pelas duas asas a quebrar,
Nós levantámos todo aquele peso
Que ao chão de pedra resistia preso,
Com um enorme esfoço muscular.
«Muito obrigada! Deus lhe dê saúde!»
E recebi, naquela despedida,
As forças, a alegria, a plenitude,
Que brotam dum excesso de virtude
Ou duma digestão desconhecida.
E enquanto sigo para o lado oposto,
E ao longe rodam umas carruagens,
A pobre afasta-se, ao calor de Agosto,
Descolorida nas maçãs do rosto,
e sem quadris na saia de ramagens.
Um pequerrucho rega a trepadeira
Duma janela azul; e, com o ralo
Do regador, parece que joeira
Ou que borrifa estrelas; e a poeira
Que eleva nuvens alvas a incensá-lo.
Chegam do gigo emanações sadias,
Oiço um canário - que infantil chilrada! -
Lidam ménages entre as gelosias,
E o sol estende, pelas frontarias,
Seus raios de laranja destilada.
E pitoresca e audaz, na sua chita,
O peito erguido, os pulsos nas ilhargas,
Duma desgraça alegre que me incita,
Ela apregoa, magra, enfezadita,
As suas couves repolhudas, largas.
E como as grossas pernas de um gigante,
Sem tronco, mas atléticas, inteiras,
Carregam sobre a pobre caminhante,
Sobre a verdura rústica, abundante,
Duas frugais abóboras carneiras.
13 agosto, 2007
Para fazer o retrato de um pássaro
Primeiro pintar uma gaiola
12 agosto, 2007
Boa semana para todos!
09 agosto, 2007
“Em 1793, as batatas eram consideradas tão indispensáveis que um decreto da
República Francesa ordenou um censo dos jardins de luxo, a fim de que eles
pudessem ser destinados ao cultivo desse tubérculo. O resultado foi que a
principal avenida do Jardim das Tulherias e os canteiros de flores passaram a
ser de cultivo de batatas. Por isso, as batatas por muito tempo também tiveram o
nome de “laranjas reais”
A receita:
1 dente de alho
1 kg de batatas grandes, descascadas, em rodelas finas
1 xícara de chá de queijo gruyère, suiço ou françês, ralado na hora
1 xícara de chá de crème fraîche
sal
Esfregue o alho no interior de um prato refratário, de preferência de porcelana. Arrume uma camada com metade da batata. Espalhe metade do queijo e, depois, metade do creme. Polcilhe com sal. Arrume camadas iguais na mesma ordem, até que terminem os ingredientes. Leve ao forno, com o prato destampado, até que a superfície fique crocante e dourada (de 50 a 60 minutos). Sirva imediatamente.
Bom jantar amigo Biagio!
Obs: receita de Patricia Wells, Cozinha de Bistrô.
05 agosto, 2007
Design e Tradição na Gastronomia
Enrique Raul Renteria, Doutor, PUC-Rio e Claudia Habib Kayat, Especialista, Japan Packaging Institute.
Na produção em volume, tal como todo produto industrial, o alimento requer um projeto prévio a sua industrialização bem sucedida. O objetivo deste curso é contribuir para a compreensão da alimentação atual que na sua inevitável massificação deve conciliar a industrialização, que exige Food Design, com a tradição dos consumidores. No entanto, saber o quê, quando, como, porquê e para quê, uma pessoa come (consome alimento) é o ponto de partida inevitável do design de qualquer alimento, indo desde a escolha dos ingredientes, manipulação, corantes e conservantes até a sua embalagem. O curso visa apontar respostas a essas questões básicas do design para obter um produto que concilie interesses e pressões de consumidores, concorrentes, tecnologias e legislação. A preocupação com como era a alimentação antes e como ela é agora, objeto da atenção de estudiosos e pensadores de todos os campos do saber, serve de referência para explicar os projetos que levam à produção em grande escala. Durante o curso procura-se identificar e compreender as tendências, de ordem social, política, econômica e religiosa, colocadas pelas diferentes sociedades ao longo da história que influíram no processo de criação de novos alimentos ou de novas versões de alimentos existentes, influências essas que podem ajudar a entender a futura evolução dos alimentos, ilustrando os aspectos tecnológicos dessas inovações à luz dos princípios da gastronomia molecular, acessível ao público em geral e utilíssimo instrumento para compreender alimentos existentes e criar novos.
Fim de férias e saudades da Liberdade
Polenta de Grana Padano e mel
150 g de farinha para polenta branca
600 ml de caldo de legumes
2 folhas de sálvia
15 g de manteiga
15 g de grana padano
15 ml de azeite
sal a gosto
pimenta-do-reino branca a gosto
1 colher de sopa de mel (para a hora de servir)
Coloque o caldo de legumes para ferver e, com uma colher de pau, vá acrescentando, aos poucos, a farinha da polenta. Quando a polenta começar a borbulhar, junte as folhas de sálvia e prossiga o cozimento por uns 30 minutos – sempre mexendo. Quando a polenta começar a soltar das paredes e formar uma pequena crosta na superfície, ela estará cozida. Desligue o fogo e acrescente os queijos, a manteiga, o azeite e o sal. Na hora de servir, decore com o mel.